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Iniciando o 4º mandato à frente do Governo do Piauí, Wellington Dias (PT) tem adotado um tom ameno em relação a Jair Bolsonaro. Único governador nordestino a participar de reunião com o novo presidente após as eleições, em novembro, o petista defende a reforma da Previdência, mas critica o sistema de capitalização proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista à Folha de S.Paulo, elogiou o presidente da Câmara, Rodrigo Ma ia (DEM), e afirmou que, mesmo com o apoio do PSL, os entendimentos iniciados com o PT para apoiá-lo não podem ser desconsiderados. "A delicadeza do momento exige uma responsabilidade bem maior", afirma.

e24a5c06fa54e923b8a9b0a7d90b68f4Foto: Catarina Malheiros/ Cidadeverde.com

Pergunta - Em seu discurso de posse, o sr. disse acreditar nos líderes brasileiros para aceleração do crescimento econômico. É um voto de confiança e otimismo em relação à política econômica liberal comandada por Paulo Guedes?

Dias - É, na verdade, um chamamento à responsabilidade de todos os líderes, independentemente de quem é governo ou quem é oposição. O fato é que o Brasil deu passos para trás. Nós tivemos uma recessão e um encolhimento da nossa economia em cerca de 8 pontos percentuais.

Então o sr. acredita que, na economia, o Brasil dará passos para frente a partir de agora?

Dias - É uma necessidade. Ou seja, somos 210 milhões de brasileiros, temos instrumentos e oportunidades. O que falta é uma política. Acredito que, neste momento, é o que estou fazendo no Piauí, precisamos fazer ajustes, mas o objetivo é ampliar investimentos. Em qualquer lugar do mundo, numa situação em que a economia está bombando, como se diz no popular, o papel do estado para o crescimento é menor. Mas quando nós vivemos uma situação de queda na economia, o papel do estado é fundamental para alavancar crescimento.

O sr. tem adotado um tom ameno em relação a Bolsonaro. É uma estratégia para garantir investimentos?

Dias - Quem votou em mim sabe que sou parte de um campo político que é opositor ao presidente. A eleição terminou. Ele é o presidente empossado e eu sou o governador. Defendo que somos partes de uma federação e temos que estar integrados. De um lado, ele tem projetos para os 3,2 milhões de brasileiros que vivem no Piauí. E eu quero contribuir e me somando a esses projetos que venham a beneficiar a população do meu estado.

O partido do senhor boicotou a posse do presidente. Achou certo?
Dias - Da parte do Piauí, não houve boicote.

Estou falando do PT.
Dias - Acredito que o partido deve ter dado as suas razões.

Após aquele encontro em novembro com Bolsonaro, o sr. saiu defendendo a reforma da Previdência, em contraponto com aquilo que o PT criticou durante a campanha. Acredita nesse sistema de capitalização que está sendo proposto pelo novo governo?

Dias - A experiência que nós temos é a experiência do Chile e está com problema. Entendo que o sistema que nós temos precisa de ajustes. Qual o problema da reforma da Previdência? É que se centraliza muito na discussão apenas da idade. A idade é um componente. Não tem segredo. Para ser previdência, é necessário garantir equilíbrio atuarial. Ou seja, poupança que alguém faz num período que tem energia para trabalhar tem que ser suficiente para lhe sustentar por um período que estiver com idade avançada.

O senhor acha então que o sistema de repartição é melhor.
Dias - Eu defendo que o sistema de repartição é mais seguro. Em todos os lugares do mundo em que ele é aplicado, ele tem tido menos problemas do que o sistema de capitalização.

O sr. se reuniu esta semana com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O PT ainda não definiu formalmente quem vai apoiar, mas chegou a classificá-lo como um mal menor na disputa anterior. O sr. defende apoio do partido à candidatura dele?

Dias - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi correto com os governadores e com pleitos que interessavam ao Piauí. Organizaram um chapa para vencer a eleição. O meu partido teve um entendimento com outros partidos no sentido de uma chapa em torno do nome de Maia. Eu manifestei apoio a esse caminho. Qual a novidade? O presidente Maia me disse aqui que fez essa aproximação com o PSL. Nela, o que foi pedido, era equivalente à proporção do partido, que tem a segunda maior bancada na câmara, e a posição dele é que se trata da mesa diretora da Câmara, que normalmente, quando se compõe por acordo, ela tem partidos de quem é da base do governo e quem é da oposição. Então, diz que mantém a posição de trabalhar com independência, com respeito à pauta do nosso campo político, respeito aos entendimentos feitos anteriormente. Então o que eu manifestei para o meu partido é que deveríamos sentar após essa novidade da presença do PSL, que vinha organizando uma outra chapa, para a partir daí tomar uma decisão, mas que pudesse ver essa opção de ter Rodrigo Maia como presidente da casa.

Não é muito difícil explicar isso para o eleitor comum? Um partido como o PT, que é antagonista a esse projeto que foi eleito, se unir em torno de um nome alinhado a Bolsonaro?

Dias - Não. Tivemos em vários momentos, na Câmara e no Senado, entendimentos seja no primeiro turno da eleição da mesa, seja no segundo turno. O fato é que nós estamos falando da mesa diretora da Câmara e do Senado. É claro que quem é presidente tem um poder de força, tem uma condição de uso dessa força em favor de a ou de b, mas, para isso mesmo, é positivo o acordo. As regras do funcionamento da Câmara são estabelecidas.

Mas uma vez alinhado ao partido do presidente, é natural que Maia siga a agenda do governo.

Dias - O presidente da República tem mecanismos de trabalhar a sua agenda. Ele vai trabalhar para ter uma maioria. Tendo uma maioria, organiza uma agenda. Não tendo maioria, independentemente de quem seja presidente (da Câmara), ele terá dificuldades.

Tem uma candidatura posta no campo da esquerda, que é a de Marcelo Freixo (Psol).

Dias - Não vejo nenhuma dificuldade. Apenas entendo que não pode ser esquecido que havia um entendimento já bastante avançado em torno do nome do Rodrigo Maia. É possível tomar uma outra posição? Sim. O que eu defendo é que não se despreze os passos que já foram dados nesse entendimento. A delicadeza do momento exige uma responsabilidade bem maior.

Setores da esquerda atribuem a vitória de Bolsonaro à desunião deste campo político. O erro não está se repetindo?

Dias - Primeiro, a união é uma necessidade. Eu defendo que possamos fazer um esforço para construir uma unidade em torno de alguns eixos com um campo político em que a independência dos partidos é respeitada, mas que tem algo em comum. Cito vários momentos da história. A luta pela democracia, pela anistia, por eleições diretas, em vários momentos. Tivemos a capacidade de construir uma unidade em torno de algumas bandeiras e objetivos.

Qual a grande dificuldade de o PT se integrar a este bloco de oposição que se forma com PSB, PDT e PC do B?

Dias - Nenhuma. E vejo da parte dos líderes na Câmara, eu mesmo participei de agenda com o PSB, com PC do B, PDT no sentido de ter uma unidade. Compreendo que essa unidade na câmara tem uma vantagem estratégica, que é uma maior participação na mesa, nas comissões, pelas regras da câmara que favorecem os blocos maiores.

Como o senhor enxerga esse grau de beligerância entre Ciro Gomes e o PT, principalmente após as eleições?

Dias - Primeiro, tenho um grande respeito pelo Ciro Gomes. Reconheço como um dos mais importantes líderes do nosso campo político. Compreendi o direito dele de sair como candidato nas últimas eleições, embora eu também tenha dialogado com ele naquele período para a possibilidade da formação de uma chapa junto com o PT. Entendo que todo esforço deve ser no sentido de evitar a beligerância e a disputa dentro do nosso campo. É preciso reconhecer que há divergências. Se não houvesse divergências, havia um partido só.

Qual erro a oposição a Bolsonaro não pode cometer de maneira alguma?
Dias - A divisão, o fracionamento, o isolamento.

Como o sr. avalia as primeiras medidas do presidente?
Dias - Ainda não estão claras, pelo menos naquilo que é o principal. Quais as medidas para retomar o crescimento da economia? Nesse ponto, acho que está correto Ciro Gomes. Tivemos uma campanha em que não tinha um programa de governo por parte de Bolsonaro. Certamente, deve apresentar nos próximos 100 dias. Basta olhar. Foi eleito sem um programa de governo.

O senhor vai para o 4º mandato e o Piauí continua sendo um dos mais pobres do NE e com um grande desequilíbrio financeiro. Onde o senhor errou nesses anos todos?

Dias - Quando assumi o mandato em 2003, o Piauí era um estado que chegou ao século 21 com um IDH em 0,4. Ou seja, na educação, numa escala de zero a um, era 0,3. Era o mais grave dos problemas. A expectativa de vida era algo como 65 anos. Na renda, era uma renda per capita de R$ 2,7 mil. Hoje, temos uma expectativa de vida na casa de 71 anos. Uma renda anual de R$ 14 mil, um escolaridade que aumentou no IDH, foi para 0,6. O objetivo é sair de muito baixo, que encontrei em 2003, para alto desenvolvimento em 2022. E nós vamos alcançar.

Fonte: João Valadares/Folhapress

A deputada federal Rejane Dias (PT) descarta a possibilidade de voltar a assumir o comando da Secretaria de Educação no Piauí. Ela afirma que pretende atuar nos próximos quatro anos como parlamentar em Brasília.

5d72470ea822becd329280b87eb9192cFoto:RobertaAline/CidadeVerde.com

“Já tomei a decisão e vou seguir com o meu mandato em Brasília. Já era algo que eu colocava antes mesmo da eleição. Quero viver essa experiência na Câmara Federal. Sabemos que é importante neste momento”, afirmou.

Rejane Dias afirma que irá contribuir com a educação do Estado por meio da indicação de emendas e a defesa de projetos na área. “Não vou abandonar a educação, pelo contrário, irei continuar trabalhando para trazer recursos para o Estado e os municípios. Vamos trabalhar para a aprovação de projetos importantes para a educação do Piauí”, disse.

No PT, a indicação do novo nome para a educação é motivo de disputa interna. Há a possibilidade do governador manter o atual secretário, Helder Jacobina, ligado diretamente a Rejane Dias. Do outro lado, o nome do deputado estadual de primeiro mandato, Franzé Silva, é cotado para a vaga.

 

Fonte:cidadeverde.com

Além de Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também acusou a juíza federal Gabriela Hardt de parcialidade, em alegações finais na ação penal em que é acusado de supostas propinas envolvendo as obras do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

4c27845ac1aa6e129eb3aff26357cc4eFoto: Paulo Pinto / Fotos Públicas

No documento de 1.643 páginas, o ex-presidente nega ter recebido vantagens indevidas e afirma ser vítima de perseguição política. Um dos capítulos é dedicado somente ao ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e seu aceite para integrar o governo Jair Bolsonaro (PSL).

A defesa também não poupou a substituta de Moro de acusações. Os dez advogados que assinam a peça afirmam que "não obstante a troca do órgão julgador", Lula "permanece sendo processado de forma parcial e afrontosa a seus direitos e garantias individuais".

"É dizer: Trocaram-se os personagens, permanece a postura inquisitória e autoritária em relação ao Defendente, o qual segue sendo tratado e visto como um verdadeiro inimigo, cujas fala e manifestação devem ser, ao máximo, limitadas", sustentam

Os defensores ainda anexaram às alegações finais de Lula a foto da primeira dama Michele Bolsonaro vestindo uma camiseta com uma frase dita pela juíza ao ex-presidente, no início de seu último interrogatório: "Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema".

Os advogados afirmam que "não apenas a conduta da aludida julgadora foi absolutamente agressiva e padecente de razoabilidade com Lula - para não dizer incompatível com respeito que é devido à figura do Ex-Presidente da República - alguns dias após o interrogatório, a midiática frase aqui proferida estampava a camiseta da esposa do antagonista político" de Lula, "hoje primeira dama da República". "Aqui, em óbvio desdém ao ex-presidente e a todo o Judiciário", argumentam

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato. A entrega das alegações finais representa a fase final da ação penal. Após as manifestações derradeiras dos réus e do Ministério Público Federal, Gabriela Hardt poderá sentenciar os réus.

Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobrás. A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar - e Jonas Suassuna.

Em suas alegações finais, os advogados constituídos pela defesa de Lula apontam supostas nulidades do processo e pedem a absolvição do petista.

Fonte: Estadão Conteúdo

A deputada federal Margarete Coelho (PP) afirma que as lideranças do Progressistas já tiveram uma primeira conversa com a equipe do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ela, a decisão final sobre a postura da bancada no novo governo vai depender de decisão do presidente da sigla, o senado Ciro Nogueira.

782725c45abe6226181f6f75e04753c2Foto:WiulsonFilho/CidadeVerde.com

“Estamos conversando. Já tivemos primeira reunião com a equipe do presidente. O progressistas tem consciência desse momento que o país vive. É um momento de transição, que pede novas posturas. É uma nova forma de fazer gestão pública”, destacou.

Margarete afirma que o governo não poderá discriminar a região Nordeste devido o resultado da eleição de outubro de 2018. “O Progressistas se coloca à disposição do país e do povo piauiense.O Nordeste não pode ficar isolado pelo resultado da eleição”, disse.

Para a deputada, a aproximação da bancada do partido no Piauí com o presidente é um processo que ainda está sendo discutido. “É o senador Ciro Nogueira quem conduz esse processo. Já tivemos uma primeira reunião totalmente amistosa. O Bolsonaro era do partido, já conhece o partido. Assim fica fácil a aproximação”, afirmou.

 

Fonte:cidadeverde.com