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Quando as atletas da seleção brasileira feminina de basquete chegam ao ginásio para treinar, às vésperas da estreia nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Stephanie Soares é um ponto de referência.

274f7d40ebe916647d5159acbcb0bd04Foto - Reprodução

Mesmo num esporte acostumado com a presença de gigantes, a ala-pivô de 1,98 m chama a atenção por ser bem mais alta do que a maioria de suas companheiras. A média de altura das brasileiras convocadas para o Pan é 1,80 m.

Mas esse não é o único trunfo da caçula da equipe. Aos 19 anos, ela disputa a Naia, segunda liga universitária em relevância nos EUA –atrás da NCAA– pela The Master's University, da Califórnia. Em sua primeira temporada, Stephanie registrou média de 16,2 pontos, 13,4 rebotes e quase cinco tocos por partida.

Os números a fizeram entrar numa lista da ESPN americana com os principais nomes prospectados para o futuro na WNBA (principal liga profissional dos EUA).

Também chamaram a atenção da seleção brasileira, para a qual ela foi convocada pela primeira vez no ano passado.

Natural de Americana (SP), Stephanie começou a praticar basquete por influência dos pais, o brasileiro Rogério e a americana Susan, ambos ex-jogadores.

Nem Paula nem Hortência, mas sim os pais, além do avô, outro ex-atleta da modalidade, são citados pela jovem como suas referências no esporte. "Eu não era muito de ver basquete, era mais de jogar mesmo", diz.

A família faz parte do Atletas em Ação, grupo religioso que existe desde 1966 e tem atuação mundial por meio de projetos esportivos.

Rogério, que também defendeu a The Master's University no passado, é amigo do atual treinador de Stephanie no time da universidade.

O comandante logo foi conquistado pela gigante brasileira, capaz de enterrar com certa facilidade, algo que a maioria de suas companheiras de profissão não consegue. A cesta fica a 3,05 metros de altura tanto para homens quanto para mulheres.

Apesar de ter as ferramentas para isso, a brasileira conta que nunca enterrou durante um jogo oficial, apenas em treinamentos, e que hoje muitas meninas mais novas do que ela já o fazem nos EUA.

Para Stephanie, a altura é um diferencial não apenas para ver as adversárias de cima, mas também na vida pessoal.

"É uma boa oportunidade de conhecer pessoas novas, porque elas sempre vêm e perguntam a minha altura e o que eu faço. É um jeito de fazer novas amizades", afirma. "A parte ruim é ter que pagar mais para ter uma cadeira melhor no avião".

Após receber algumas oportunidades de entrar em quadra no Sul-Americano do ano passado, Stephanie se manteve entre as convocadas para um capítulo importante da cada vez mais longa tentativa de reconstrução da seleção feminina brasileira.

A equipe nacional estreia no Pan de Lima nesta terça (6), às 15h30 (de Brasília), contra o Canadá. Esse será o primeiro torneio do Brasil sob o comando de José Neto, um dos técnicos mais vitoriosos no basquete masculino do país e que faz sua estreia no comando de um time feminino.

Porto Rico e Paraguai serão os outros adversários da primeira fase, que vai até quinta (8). As semifinais estão programadas para a sexta, e as disputas de medalha, para o sábado.

As jogadoras mais conhecidas do grupo que está em Lima são as pivôs Clarissa, 31, bronze no Pan de Guadalajara, e Érika, 37, também presente na conquista da medalha há oito anos e que defende a seleção há quase duas décadas.

Principal nome do país na modalidade atualmente e única representante nacional na WNBA, a pivô Damiris, 26, não foi liberada para a competição.

DANIEL E. DE CASTRO
LIMA, PERU (FOLHAPRESS)

Em noite fria em São Paulo e de pouca inspiração ofensiva, o goleiro Cássio, com defesas importantes, garantiu empate por 1 a 1 entre Corinthians e Palmeiras, neste domingo, na Arena Corinthians, válido pela 13.ª rodada do Campeonato Brasileiro. A última vez que as equipes ficaram em igualdade no placar foi em 2015, há 12 partidas. Com o resultado, o time da casa chega aos 20 pontos, enquanto que rival soma 28 e se mantém na vice-liderança, mas vê o Santos abrir quatro na ponta da tabela de classificação.

c200874e2f7904b50a36111539f48815Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

A bola começou a rolar para os donos dos últimos quatro títulos do Brasileirão (Corinthians, em 2015 e em 2017, e Palmeiras, em 2016 e em 2018) em um horário pouco usual para clássicos: às 19 horas de domingo. Como jogou na última quinta-feira pela Copa Sul-Americana, às 21h30, o time alvinegro não podia voltar a atuar com um intervalo menor que 72 horas.

Já o Palmeiras chegou para o confronto pressionado. Nem mesmo a goleada por 4 a 0 sobre o Godoy Cruz e a classificação às quartas de final da Copa Libertadores acalmou os ânimos da torcida. No sábado, membros da principal organizada fizeram um protesto na Academia de Futebol, onde a equipe treinava, exigindo uma vitória no clássico. O principal alvo foi o técnico Felipão.

Dentro de campo, um roteiro já conhecido pelos torcedores das duas equipes dos últimos confrontos se repetiu. O Palmeiras começou dominando todas as ações nos 10 primeiros minutos e exigiu pelo menos uma boa defesa de Cássio. Mas no primeiro ataque de perigo do Corinthians, Manoel abriu o placar. O zagueiro aproveitou uma bola cruzada na área por Sornoza e cabeceou forte, no canto direito de Weverton. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.

Com a vantagem no marcador, o Corinthians começou a jogar no melhor estilo Fábio Carille. Duas linhas bem fechadas na defesa e apenas um atacante isolado no ataque. Seguro atrás, o time alvinegro ainda conseguiu assustar algumas vezes no primeiro tempo em contra-ataques e nas bolas paradas, especialidade do equatoriano Sornoza.

Visivelmente irritados, principalmente com a grande quantidade de faltas marcadas pelo árbitro gaúcho Anderson Daronco, os palmeirenses não conseguiam se organizar para atacar, mesmo com mais tempo de posse de bola. Com Henrique Dourado e Borja no departamento médico, Deyverson foi escalado como centroavante, mas foi pouco acionado. E nas poucas vezes que conseguiu participar dos lances ofensivos, acabou errando. Outra aposta de Felipão que teve atuação apagada na primeira etapa foi Raphael Veiga, que acabou nem voltando para o segundo tempo, dando lugar para Gustavo Scarpa.

Antes mesmo da mudança ser sentida em campo, o Palmeiras conseguiu empatar. Dyeverson conseguiu recuperar uma bola cruzada errada e, da ponta esquerda, levantou para a área e encontrou Felipe Melo. Sem marcação, o volante só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo do gol.

Com a igualdade no placar, os dois times passaram a atuar de forma mais cautelosa. As duplas de volantes Gabriel/Junior Urso e Felipe Melo/Bruno Henrique se preocupavam mais com as ações defensivas e deixavam os jogadores de ataque isolados.

Pelo lado corintiano, novamente a falta de poder ofensivo ficou evidenciada. Pedrinho, Clayson e Vagner Love pouco conseguiram assustar Weverton. Nem mesmo as entradas de Mateus Vital e Matheus Jesus, destaques nas últimas partidas, surtiram efeito.

Já o Palmeiras conseguiu assustar algumas vezes, principalmente com contra-ataques puxados por Dudu e Zé Rafael. Em uma das chances mais claras de gol, a defesa do Corinthians errou a tentativa de linha de impedimento e Gustavo Gómez apareceu sozinho na frente de Cássio, que conseguiu a defesa.

Nos acréscimos, o goleiro corintiano voltou a aparecer. Dudu acertou cruzamento para Deyverson, que cabeceou no ângulo direito. Cássio conseguiu buscar de forma espetacular no ângulo e impediu a virada.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 x 1 PALMEIRAS
CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Matheus Jesus), Junior Urso e Sornoza (Mateus Vital); Pedrinho, Clayson (Everaldo) e Vagner Love. Técnico: Fábio Carille.
PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Thiago Santos), Bruno Henrique e Raphael Veiga (Gustavo Scarpa); Dudu, Willian (Zé Rafael) e Deyverson. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
GOLS - Manoel, aos 13 minutos do primeiro tempo; Felipe Melo, aos 4 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Gil (Corinthians); Gustavo Gómez, Diogo Barbosa e Felipe Melo (Palmeiras).
ÁRBITRO - Anderson Daronco (Fifa/RS).
RENDA - R$ 2.998.991,00.
PÚBLICO - 43.045 pagantes.
LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).
Por Renan Fernandes
Estadão Conteúdo