Gonzalo Carneiro deve ficar longe dos gramados nos próximos dois anos. Flagrado em teste antidoping com o resultado analítico adverso para cocaína, o uruguaio foi condenado a 24 meses de suspensão em julgamento realizado nesta quinta (17), em Brasília, pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD).
A decisão foi de dois votos a um, e a defesa do jogador vai recorrer. Pelas normas da WADA (Agência Mundial Antidoping) e do Código Brasileiro Antidoping, o jogador, que foi defendido pelo advogado Bichara Neto, poderia pegar a pena máxima de quatro anos de suspensão por se tratar de uma substância não especificada.
O tempo de suspensão vale a partir da data da coleta do exame alterado, em 16 de março, portanto se a decisão for mantida Carneiro só pode voltar a jogar em 17 de março de 2021.
O uruguaio já teve o seu contrato com o São Paulo suspenso preventivamente, e, por isso, não recebe salários do clube. Apesar de hoje estar fora do time tricolor paulista, o atacante tem vínculo com o clube do Morumbi até 31 de março de 2021 - duas semanas após o fim da suspensão, caso esta seja mantida.
O teste foi realizado na partida contra o Palmeiras, em março, pelo Campeonato Paulista. O exame de contraprova do atacante confirmou a presença da substância benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína.
Por isso, o jogador, indicado ao São Paulo pelo superintendente de relações institucionais, Diego Lugano, já não pôde atuar no Campeonato Brasileiro deste ano.
Considerado como uma promessa do futebol uruguaio, o jogador, de 24 anos, ainda não conseguiu emplacar uma boa fase no São Paulo. No total, desde o ano passado, ele disputou 24 partidas pelo time e marcou apenas um gol.
JOSÉ EDUARDO MARTINS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)