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Ernesto Valverde quebrou uma escrita nesta segunda-feira (13). Desde o holandês Louis van Gaal, em 2003, o Barcelona não trocava o treinador no meio da temporada.

c96d3eb4a87e172e8f93e3c921a91e39Foto - Reprodução

Mas a derrota para o Atlético de Madri na semifinal da Supercopa da Espanha, na última quinta (9), foi a gota d'água. O presidente Josep Maria Bartolomeu o chamou para uma reunião e avisou que teria de demiti-lo.

Quique Setién, 61, ex-técnico do Real Bétis, foi anunciado como substituto de Valverde. Ele sempre se declarou fã do estilo de jogo do Barcelona, considera o holandês Johan Cruyff (ídolo barcelonista) uma inspiração e já foi flagrado pedindo camisa para o volante Busquets após uma partida.

Dos últimos cinco jogos, o Barcelona ganhou apenas um sob o comando de Valverde (4 a 1 sobre o Alavés), mas também perdeu só uma vez (para o Atlético de Madri na Supercopa). Teve três empates pelo Campeonato Espanhol, torneio que lidera ao lado do Real Madrid, com 40 pontos.

Valverde não foi demitido por causa dos resultados recentes. Na Champions League, por exemplo, o time terminou o Grupo F em primeiro e vai enfrentar o Napoli nas oitavas de final.

Há queixas sobre a qualidade do futebol mostrado pela equipe e de que Valverde não conseguiu fazer um ataque com Messi, Suárez e Griezmann render como o esperado.

O problema para ele é que a régua usada para medir os treinadores no time catalão é Pep Guardiola, que, depois de vencer duas Champions League (em 2009 e 2011), foi embora em 2013 para dirigir o Bayern de Munique (ALE).

Valverde se despede do Barcelona com dois títulos da liga espanhola (2018 e 2019) e uma Copa do Rei (2018), troféus que seriam suficientes para manter seu emprego em outros grandes clubes da Europa. Mas sua passagem pelo Camp Nou foi manchada por duas eliminações traumáticas na Champions League.

A equipe parecia garantida na decisão do ano passado depois de golear o Liverpool na Espanha por 3 a 0, na primeira semifinal. Ninguém no clube esperava pela derrota por 4 a 0 que aconteceu na Inglaterra. Doze meses antes, o Barcelona parecia ter vantagem sossegada sobre a Roma. Havia vencido em casa por 4 a 1. Perdeu a volta por 3 a 0 e acabou eliminado.

"O que aconteceu não foi culpa de Ernesto. Não teve nada a ver com ele", disse Lionel Messi após a queda em Liverpool.

Foi algo parecido com o que afirmou Luis Suárez depois da derrota para o Atlético na semana passada. Antes da partida disputada na Arábia Saudita, a diretoria percebeu que seria difícil ele continuar. O anúncio do nome de Valverde pelo sistema de alto falantes despertou vaias em uma torcida que aplaudia todos os demais jogadores.

Mesmo o presidente Josep Maria Bartomeu percebeu ser uma batalha perdida. Ele era o maior apoiador de Valverde e segurou o treinador no cargo mesmo quando as críticas foram mais fortes nos dias depois das eliminações diante de Roma e Liverpool.

O técnico nunca foi unanimidade dentro do clube, mas ao mesmo tempo havia dúvida sobre a conveniência de mudar o comandante com a temporada em andamento.

Setién estreará no próximo domingo (19), contra o Granada, em casa, pela liga nacional.

Fonte: Folhapress