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Antigamente as emissoras de rádio tinham profissionais chamados de rádio-escuta. Eu mesmo, sob o comando de Carlos Said, fiz dupla com Raimundo Lima, revesando horários. O trabalho consistia em ouvir e gravar os noticiosos de rádios do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Recife.

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Aí era feita uma seleção das principais notícias que, uma vez redigidas (tempos da máquina de escrever) eram levadas ao ar nos noticiosos de hora em hora e na Revista Pioneira.

No esporte tínhamos um craque nesse tipo de trabalho. Era Carlos Dias, no plantão esportivo durante as transmissões do futebol e no placar esportivo. O companheiro da época dos Titulares do Esporte no Rádio nos anos 60 a 70 nem mesmo gravava.

Ele tinha um sistema de trabalho dos mais eficientes. O empresário João Claudino certa vez me telefonou dizendo que gostaria de conhecer o Carlos Dias. Levei, então, o companheiro ao seu gabinete no Armazém Paraíba da rua João Cabral.

Carlos Dias saiu de lá com muitos elogios e um televisor RQ de presente. Pedro Alcântara Ribeiro foi e ainda é o sucessor de Carlos Dias, ainda no sistema antigo e segue, agora com o uso da internet.

O meu irmão Aluízio de Castro, falecido no dia 19 de julho, nos anos mais recentes foi correspondente do programa Microfone Aberto, falando diretamente de Batalha.

Lá, morando em um sítio na saída para Esperantina, ouvia pelos rádios (eram 2) o noticiário das emissoras da região Nordeste e de várias cidades da região como Parnaíba, Piracuruca, Piripiri, Pedro II, Barras, Esperantina, Luzilândia, Joaquim Pires e outras mais.

Não usava internet e nem gravador. Apenas fazia alguns apontamentos e produzia um bloco de notícias gerais, inclusive do esporte. Era a experiência a serviço do jornalismo radiofônico.

Em minhas viagens para Esperantina e Batalha, ficávamos horas conversando sobre rádio, futebol e suas ações desenvolvidas nas jornadas esportivas como repórter ao lado do Galego, suas viagens pelo Brasil, as entrevistas pioneiras com Pelé e Tostão, no jornal O Dia como revisor (tarefa difícil e que exigia uma atenção total), no jornal O Estado como redator de esportes e na coluna Área Livre ao lado de Valdir Araújo e Pedro Alcântara Nascimento.

Juntos víamos jogos pela TV e ouvíamos pelo rádio. Estou com saudade daqueles momentos. Na foto Aluízio entrevistando o Coronel Geraldo Câncio e o Dr. Rupert Maceira nos vestiários do Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, após o jogo América 0 x 0 Tiradentes, pelo Campeonato Nacional de 1973.

O outro companheiro de Aluízio de Castro para acompanhar o futebol era o nosso outro irmão Francisco de Castro, técnico de laboratório concursado no Hospital de Base de Brasília e na Universidade Federal do Piauí, além de formação superior em Sociologia pela UFPI, mas também apaixonado pelo futebol, morando atualmente em Batalha com sua família.

Nos intervalos e nos finais de muitos jogos de futebol em Teresina eu telefonava para o Aluízio informando sobre os resultados. Infelizmente veio o final de tudo. Ficam a saudade e a preservação da memória nos meus arquivos pessoais.

 

Fonte:cidadeverde.com