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Seis jogos, 100% de aproveitamento, 20 gols anotados e nenhum sofrido. Não há rivais para a seleção brasileira feminina na América do Sul.

5c843124f2549e3bf92a4d16905dc162Créditos: Thais Magalhães/CBF

Com campanha perfeita coroada com 1 a 0 sobre a anfitriã Colômbia, neste sábado, no Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, a equipe de Pia Sundhage ergueu a taça da Copa América pela oitava vez em nove edições. Apenas em 2006 o troféu foi para outro país, com a Argentina.

Em seu jogo mais complicado na competição, a seleção brasileira passou alguns sustos e precisou de um pênalti para garantir nova conquista.

Debynha foi derrubada e bateu com estilo para colocar o Brasil na frente - gol solitário da partida. Pela primeira vez, um jogo no continente teve a arbitragem de vídeo.

Foi a primeira conquista sob a direção de Pia Sundhage. Justamente no dia em que a treinadora sueca completou três anos no comando verde amarelo.

Um prêmio justo para a treinadora que levou uma equipe renovada para a competição na Colômbia. Ainda garantiu vaga na Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Na cerimônia que antecedeu a final, a ex-jogadora Formiga entrou com a taça no estádio. Ídolo e pioneira da seleção brasileira, a eterna camisa 8 acompanhou a conquista das tribunas.

O JOGO

Atrás de sua oitava taça em nove edições da copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira entrou em campo com o clima todo adverso. Além de toda a torcida colombiana contra, havia ainda a cobrança de um melhor futebol após não se postar bem diante do Paraguai, na semifinal.

Do lado positivo, o fato de ter vencido seus cinco jogos sem sofrer gols na competição e com ataque arrasador de 19 gols (4 a 0 na Argentina, 3 a 0 no Uruguai, 4 a 0 na Venezuela, 6 a 0 no Peru e 2 a 0 contra o Paraguai). As oponentes também tinham 100% de aproveitamento.

A técnica Pia Sundhage prometeu uma melhor apresentação na decisão e manutenção na posse de bola. Mas um lance logo aos seis minutos deixou as brasileiras abaladas.

Angelina lesionou o joelho em dividida no meio-campo e acabou substituída. No banco de reservas, chorava muito até ser retirada de maçã.

Foram minutos de domínio das donas da casa, empurradas pelas arquibancadas lotadas. A prodígio Caicedo, de 17 anos, assustou. A Colômbia ainda balançou a rede pelo lado de fora com Ramirez e viu a cobrança de falta de Ushe parar em defesaça de Lorena até o Brasil equilibrar a decisão.

A primeira grande chance das brasileiras ocorreu na metade da primeira etapa, com Antonia batendo para fora. A forte marcação dificultava as ações, irritando Pia, que pedia calma e gesticulava com as jogadoras.

A cobrança deu resultado. Adriana assustou em batida raspando para aplauso da treinadora. Aos poucos, o Brasil começava a impor seu jogo e assustar as colombianas.

Em linda troca de passes, Debynha só foi parada com pênalti. A camisa 9 pegou a bola e deslocou a goleira para abrir o marcador. Antes do intervalo, ainda perdeu chance preciosa de aumentar.

Depois de um primeiro tempo muito abaixo do esperado, o Brasil voltou com nova postura na etapa final, sufocando a equipe local Antes dos dez minutos, a vantagem poderia ser maior com boas oportunidades desperdiçadas por Antonia, Bia Zaneratto e Debynha

Perdidas em campo e sem esconder o nervosismo, as colombianas só conseguiam parar as brasileiras nas faltas, algumas com excesso de força. Apenas aos 27 minutos elas conseguiram chegar no gol de Lorena.

Em chute fraco. O Brasil já não tinha o mesmo ímpeto do início e novamente começou a levar sustos. A intransponível defesa, contudo, se fez valer e a taça acabou com as favoritas.

Fonte: Estadão Conteúdo