Os familiares do senhor Anízio Pereira dos Santos comunicam o seu falecimento ocorrido hoje. O velório está acontecendo em sua residência na Rua Newton Barjonas nº 125, próximo da casa do Juscelino dos Correios. O sepultamento será nessa terça-feira(14), às 16h no cemitério central São Pedro de Alcântara no bairro Manguinha.
Os casos não registrados de covid-19 no Piauí – as subnotificações – viraram um gargalo para as autoridades de saúde do estado.
Foto: Ascom/Sesapi
Infectologistas, pesquisadores e técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) vão se reunir hoje (13), às 18h, para discutirem a problemática das subnotificações de casos de covid e a possibilidade de retorno do uso de máscara.
O entrave na tomada de decisões do COE (Comitê de Operações Emergenciais de combate a Covid-19) é justamente as subnotificações nas escolas, nos exames feitos nas farmácias e nas residências.
Segundo o infectologista e membro do COE, José Noronha, os autotestes que têm resultados positivos para a covid não estão sendo computados na Sesapi.
“O que se observa na prática é que os dados em Teresina podem ter subnotificações. As pessoas fazem testes nas farmácias e muitas vezes não buscam as unidades de saúde e fica sem cadastro no sistema”, disse José Noronha.
O médico reforçou que se a pessoa faz o autoteste, nas farmácias ou em casa, deu positivo, ele precisa ir às unidades de saúde para registrar o caso.
“É preciso ter a clareza que os testes nas farmácias são apenas uma triagem, que o diagnóstico é feito pelos profissionais de saúde nos hospitais e unidades de saúde que fazem o reteste”, afirmou Noronha.
Os dados são fundamentais para nortear, inclusive os decretos estaduais.
A Fundação Municipal de Saúde divulgou aumentou em 385% os casos de covid na capital. A prefeitura de Teresina publicou decreto obrigando o uso de máscaras em hospitais e postos de saúde.
Joé Noronha ressalta que o decreto estadual não liberou o uso de em ambientes de saúde.
Ele também fez um apelo para que a população tome a terceira e quarta dose da vacina para reduzir o índice de adoecimento da população.
Um estudo realizado em maio pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) indicou que durante a pandemia os brasileiros passaram a se automedicar com mais frequência. Uma pesquisa anterior do mesmo órgão já havia apontado que 77% dos brasileiros que usam medicamentos o fazem sem prescrição médica, sendo que quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês e um quarto (25%), todo dia ou pelo menos uma vez por semana.
Foto: Pixabay
A busca por uma forma de alívio imediato de alguns sintomas pode trazer riscos à saúde. “O uso dos medicamentos sem prescrição de um profissional habilitado pode mascarar o diagnóstico correto, atrasando o tratamento adequado. Além disso, quem abusa da automedicação pode sofrer com reações adversas e agravamento da doença”, explica a farmacêutica Valeska Ribeiro.
A especialista destaca que apesar das medidas legais como a exigência e retenção de receita médica para coibir o uso dos antibióticos sem prescrição, a população tem substituído esses medicamentos por anti-inflamatórios.
“Muitas pessoas fazem uso indiscriminado de medicamento e até os substituem à medida que o acesso se torna mais difícil. Mas é importante entender que todo e qualquer uso deve ser indicado e acompanhado por profissional habilitado para evitar intervenções e reações indesejada”, pontua.
Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas apontam que a maioria dos casos de intoxicação registrados no Brasil é proveniente de medicamentos. Antitérmicos, relaxantes musculares e medicamentos que atuam no sistema nervoso central estão entre os mais usados indevidamente.
A especialista destaca que durante a pandemia houve também aumento no consumo de medicamentos isentos de prescrição. “Com a justificativa de melhorar a imunidade, muitas pessoas recorreram ao uso indiscriminado da vitamina C, zinco, ferro, dentro outros complexos vitamínicos. Entretanto, o uso aleatório não traz benefícios e pode causar a Hipervitaminose, uma intoxicação causada pelo excesso de vitamina no organismo”, explica Valeska.