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Em entrevista ao programa Conversa com Bial nesta quinta-feira (18), Miguel Falabella, 62, defendeu a Lei Rouanet e a importância do incentivo à cultura.

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"A Lei Rouanet foi usada para vilanizar os artistas de forma errada. Gosto de falar nisso para que as pessoas entendam e não saiam repetindo besteira. Às vezes ela é mal usada, mas na grande maioria, é muito bem usada", disse ele, lembrando que nem sempre faz uso dos recursos da lei que, com o atual governo, pode passar a ter um teto de R$ 1 milhão por projeto.

"Fiz um monólogo, 'God', um grande sucesso. Não usei a Lei, não preciso dela, tenho poder de bilheteria para me manter vivo. Fiz 'O Que o Mordomo Viu', como sete atores, também não usei. Agora 'Annie, o musical', com 23 pessoas em cena, 16 na orquestra, 100 famílias comendo e vivendo, preciso da Lei Rouanet", declarou.

"Sem falar que ela nos obriga a dar um sem número de ingressos, quantas crianças que jamais entraram num teatro foram assistir por causa da Lei Rouanet? Há uma falta de educação total, de entendimento. As pessoas começam a repetir uma coisa que ouvem sem saber do que estão falando, isso me deixa doente".

Falabella defendeu que as produções são boas porque, dentre outros motivos, emprega pessoas e gera espetáculos para as cidades.

O ator também comentou falas do personagem Caco Antibes, de "Sai de Baixo". "O Caco era o estereótipo de uma pessoa que existe entre nós. Continuamos sendo um país de profunda injustiça social, e ninguém faz questão de fazer uma ponte para esse abismo. Eu falava de experiências próximas, tudo o que falava eu vivi".

Fonte: Folhapress