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Os partidos políticos se prepararam para a eleição municipal de 2020, que já vem sendo considerada como um pleito atípico. Isso porque de acordo com a reforma política aprovada em 2017, no próximo ano as legendas não poderão se coligar para disputarem vagas de vereadores. As coligações ficarão restritas as chapas majoritárias, ou seja, na disputa de prefeito.

98e00e64c8de4225dafa32bd9616fc09Foto:RobertaAline/CidadeVerde.com

Sem as coligações proporcionais, cada partido tem a responsabilidade de formar chapas fortes e competitivas. Na Câmara de Vereadores, as previsões apontam para uma redução no número de partidos que ocuparão cadeiras na Casa a partir do próximo ano.

Hoje 18 partidos possuem representantes no legislativo municipal da capital. Deste total, apenas MDB, PSD E PT se colocam como oposição. No caso do MDB, a sigla possui o vereador Luiz Lobão, que faz parte da base do prefeito. Na oposição, se enquadra ainda o vereador Joaquim do Arroz sem partido no momento.

Entre os partidos da base, o entendimento é que pode não haverá espaço para todos. Na tentativa de garantirem as suas reeleições, alguns vereadores devem deixar a base e ingressarem na oposição. O caminho poderia ser o apoio ao candidato do MDB, ex-deputado Dr. Pessoa, e a outros nomes cotados para serem candidatos como Georgiano Neto (PSD) e Fábio Abreu (PL).

Na base do prefeito, PSDB e Progressistas avaliam que podem eleger juntos pelo menos 10 nomes. Porém, 12 parlamentares aliados do prefeito ficariam com as reeleições ameaçadas. Deste grupo de “ameaçados” sairiam alguns dos nomes que podem ir para a oposição.
Para o presidente da Câmara, vereador Jeová Alencar, que é oposição ao prefeito Firmino Filho (PSDB), a base não conseguirá agregar todos os aliados. Ele avalia que boa parte das legendas aliadas do prefeito não conseguirá formar chapas competitivas.

“A principal mudança com o fim das coligações é justamente que os partidos terão que fazer chapas forte. Na eleição de 2018, vários partidos fizeram uma coligação grande. Agora ou os partidos buscam se fortalecer com nomes fortes para lançarem vereadores ou irão sumir. Para mim é um dos principais desafios. Quem mais vai perder vereador com mandato é o lado do prefeito. É mais difícil se eleger pelo lado do prefeito do que do lado da oposição. Do lá de lá tem muita gente para pouco espaço. Eles devem buscar outro caminho na oposição”, destacou.

Fim da fragmentação

O fim das coligações vem sendo chamado como a seleção natural dos partidos. Irão sobreviver os mais fortes e com melhor capacidade de organização para formar uma chapa competitiva. A mudança reduziria o número de legendas no país.

Os críticos da mudança afirmam que o fim das coligações enfraqueceria a democracia. Partidos que representariam as minorias seriam extintos.
Teto de votos

Outra mudança que o fim das coligações traz é o chamado teto de votos. Os partidos precisam apresentar nomes para fechar a chapa proporcional com 44 candidatos. Entre estes nomes, alguns terão mandatos, viabilidade de muitos votos, e outros terão menor expressividade.

O teto limita a presença de candidatos com muitos votos na chapa. Isso porque esses nomes competitivos podem atrapalhar a participação de candidatos com menor expressão de voto. E estes últimos são muito importantes para que o partido consiga atingir o coeficiente eleitoral.

“A prova de que essa eleição será totalmente atípica é que até mesmo o PSDB, que é o partido do prefeito, tem problema para receber pessoas com mandato devido o teto. Alguns vereadores bem votados estão com problemas para encontrarem uma legenda”, afirma Jeová.

A líder do prefeito na Câmara, vereadora Graça Amorim, afirma que os partidos precisam se preparar para a nova realidade. Graça é filiada ao PMB, que não atingiu a cláusula de barreira, e deve seguir para o Progressistas.

“A mudança tem um impacto, mas cada partido tem que fazer sua parte que é se preparar. Tem que trabalhar para formar chapas fortes. Com muito diálogo a base vai se organizar. E o próprio prefeito Firmino Filho participa das conversas, das negociações. Muitos vereadores que vão mudar de partido esperam o aval do prefeito. Na minha opinião a base permanece unida”, afirma.

Laranja

Outro ponto que levanta discussão é sobre as candidaturas femininas. Em uma chapa com 44 candidatos, 13 precisarão ser mulheres. Muitos partidos devem enfrentar problema para preencherem a cota de 30% porque historicamente não incentivam a participação de mulheres.

Após as eleições municipais de 2016, o país acompanho diversas denúncias de candidatura laranja de mulheres, inclusive no Piauí. Para 2020, os partidos precisam que esse 30% seja preenchido com candidaturas reais. Caso contrário, podem não atingir o coeficiente eleitoral.

“É preciso ter a presença de mulheres nas chapas e mulheres realmente para competir. Acaba aquela história de colocar mulher só para preencher a cota. Isso é positivo para as mulheres. Os partidos terão que incentivar as candidaturas”, diz Graça Amorim.

 

Fonte:cidadeverde.com