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img 6004Operação Mors contou com apoio de 250 policiais (Foto: Pâmela Fernandes/G1)Dez dos 11 policiais militares presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Mors, deflagrada nesta quinta-feira (7), foram transferidos de Ji-Paraná (RO) para Porto Velho em um avião na noite desta quinta. Os PMs, que são suspeitos de fazerem parte de um grupo de extermínio, chegaram no Aeroporto Governador Jorge Teixeira por volta de 19h (horário local) e na sequência foram levados até o Centro de Correição da PM, na capital.


Segundo a PF, o outro policial ainda não foi transferido para a capital, pois está sendo ouvido em Ji-Paraná pelo delegado que está conduzindo as investigações. A expectativa é que o policial seja transferido para Porto Velho na sexta-feira (8).


Conforme investigações da Operação Mors, o grupo de extermínio, comandado por policiais militares na região do Vale do Jamari, executava vítimas por motivos fúteis, acreditando na "ideologia da limpeza social" ou de "higienização social". Os policiais envolvidos executavam como forma de justiça privada. Pequenos infratores locais e usuários de droga seriam algumas das vítimas do grupo.


Um levantamento preliminar mostra que o grupo praticou mais de 30 homicídios no estado. Nesta quinta-feira foram presas 13 pessoas, sendo 11 PMs. Outro suspeito, que durante o cumprimento do mandado de prisão estava foragido, se entregou durante a tarde em Presidente Prudente (SP). A PF não divulgou o nome do suspeito.

 

Operação
As prisões das 13 pessoas, sendo 11 policiais militares, foram feitas em Jaru no início da manhã. Segundo a PF, 250 policiais participaram da ação, que também aconteceu no Mato Grosso. Após serem presos, os suspeitos foram transferidos até a cidade de Ji-Paraná para prestarem depoimentos.


De acordo com o delegado Eduardo Gomes, chefe da investigação da PF, não haviam critérios específicos para as execuções. "Continuavam ocorrendo as mortes com a ideologia da limpeza social. O crime evoluiu, as motivações são as mais variadas, interesses pessoais, interesses financeiros, motivos fúteis e inclusive o interesse do grupo em manter o anonimato, executando testemunhas", diz Gomes.


Em 2014, os homicídios se intensificaram. Segundo a polícia, o grupo perdeu o controle de suas ações. "Foram intimidados funcionários da Justiça, Ministério Público, presidente da OAB, sendo suas residências alvejadas como forma de retaliação.


Houve outros homicídios de advogados e empresários", afirma Gomes.

Para a PF, existe a suspeita da participação de políticos, porém, não há indícios e provas para citar nomes ou prender suspeitos.
O coronel da Polícia Militar e coordenador regional de policiamento, Plínio Sérgio Cavalcanti, ressaltou que as devidas providências serão tomadas sobre o caso. "Agora a PM vai adotar os procedimentos cabíveis à instituição, que são os processos administrativos para apurar a conduta dos policiais. Para nós da PM é triste essas prisões porque são integrantes da coorporação, mas por outro lado é importante pois afastamos da atividade esses indivíduos", disse.

 

Fonte: G1