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A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico do suspeito de matar a professora Ienata Pedreira Rios, em Riachão do Jacuípe, a pedido da Polícia Civil, de acordo com o delegado que investiga o caso, Sérgio Araújo Vasconcelos.

 

faceProfessora foi encontrada morta na casa onde morava na Bahia (Foto: Reprodução / Facebook)
O almoxarife Cássio Fabrício Carneiro, 29 anos, está preso e nega envolvimento no crime. A quebra do sigilo foi autorizada ainda na quarta-feira (6), quando o homem foi preso.
O suspeito foi transferido para a unidade prisional da cidade de Teofilândia, após uma confusão em frente à delegacia em que estava preso, localizada no mesmo município onde ocorreu o crime.
Segundo o delegado, a polícia aguarda o conteúdo das ligações telefônicas, assim como o resultado de laudos técnicos do corpo e do local do crime. Também foi autorizada a quebra do sigilo telefônico da vítima. O delegado do caso informou que a decisão foi da juíza Janaína Medeiros Lopes, da Vara Crime de Riachão do Jacuípe.
"[O sigilo foi pedido] Para saber com quem a vítima e o namorado conversaram, para saber se tem algum tipo de discussão entre eles", afirma Sérgio Araújo.

A motivação do crime ainda é alvo de investigação pela polícia, assim como o possível envolvimento de outras pessoas na morte. O delegado afirmou que três facas foram recolhidas do local do assassinato.
"Ele [Cássio] é o principal suspeito e não descartamos outras possibilidades. O que existe é forte indício, mas não temos provas materiais. Pedimos a prisão por conta do cenário da casa. A vitima tinha preparado café da manhã e esperado alguém próximo. Ela teria feito cuscuz e ele confirmou em depoimento que ele costumava comer na casa dela", diz o delegado. O mandado de prisão do almoxarife é temporário e tem um prazo de 30 dias. Nesse período, pode ser solicitada a prisão preventiva.
Ainda segundo o delegado, a polícia teve acesso a mensagens no celular da vítima por meio do WhatsApp que apontam que poderia haver um desentendimento entre o casal. "Na conversa entre eles não tem nenhum tipo de discussão, não existe desentendimento. Na conversa dela com uma amiga, ela demonstra insatisfação com o relacionamento", afirma Vasconcelos.

Tentativa de linchamento
De acordo com a polícia de Riachão do Jacuípe, mais de 100 pessoas foram para a delegacia na noite de quarta-feira para protestar contra a morte da professora e noiva do suspeito.
Conforme a polícia, a intenção dos manifestantes era linchar o homem, que foi transferido no mesmo dia do protesto, por questões de segurança. Durante o ato, o grupo pediu punição ao supeito pela morte da mulher.
A polícia ainda conseguiu na Justiça, um mandado de busca e apreensão na casa de Cássio, que foi preso na cidade de Serrinha, na quarta-feira, e em seguida, levado para Riachão do Jacuípe.

Investigação
Conforme a polícia, o suspeito não conseguiu provar onde estava na manhã de domingo (3), quando a mulher teria sido assassinada.
De acordo com Vasconcelos, logo após o crime, foi observado que Cássio apresentava uma lesão na testa semelhante a um arranhão provocado por uma unha. O suspeito passou por exame de corpo de delito.
"No sábado, ele alega ter passado o dia com o filho, que fazia aniversário, a ex-mulher e mais três pessoas. Durante a noite, ele alegou que estava na companhia de dois amigos numa festa em Dias D'Ávila. Entretanto, no período entre 5h e 11h de domingo, quando ocorreu o crime, ele alega que estava sozinho em casa dormindo", afirmou Sérgio Vascocelos.

Os materiais coletados das unhas das vítima e impressões digitais encontradas no local do crime já estão sendo examinados.
A polícia também fez o molde dos pés de Cássio, para comparar com as pegadas encontradas na casa de Ienata. O resultado dos exames deve ficar pronto em um prazo de 30 dias.
Cássio Fabrício e a professora Ienata namoravam há cerca de três anos. Ele mora na cidade de Dias D'Ávila, na região metropolitana de Salvador. O rapaz tem um filho pequeno de outra relação. Já a vítima, deixou um filho de 17 anos.

 

Fonte: G1