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A família do policial militar Uires Alves da Silva, que foi morto após ter a arma roubada e ser baleado, considera que a atitude foi covarde. A vítima foi atingida por disparos dados por Ismael Pereira de Sousa, que tentava evitar que o filho fosse preso durante uma briga por som automotivo alto em Itacaiú, distrito de Britânia, no oeste de Goiás.

 

“Matar uma pessoa por causa de abaixar o som, eu acho que foi uma grande covardia. Eu precisava muito do meu filho, era uma pessoa que estava sempre do meu lado. Era uma pessoa muito importante para mim”, disse a mãe do policial, Maria Rodrigues da Silva.

 

O crime ocorreu na noite de sexta-feira (8), quando o sargento Uires Alves e o soldado Hélio Bezerra tentavam prender o caseiro Brunno Vieira de Sousa, de 29 anos, por se recusar a baixar o volume do som do carro. Imagens feitas com um celular mostram quem em meio às discussões, o pai do caseiro, rouba a arma do sargento da PM Uires Alves da Silva e dispara diversas vezes contra ele.


Ismael foi morto em seguida pelo outro militar que atendia à ocorrência. O soldado se feriu, mas sobreviveu. Brunno foi atingido com um tiro de raspão na perna. Ele foi preso após receber atendimento médico, mas a Justiça determinou sua soltura. Outra pessoa que estava no local também ficou ferida.

aO sargento da PM Uires Alves da Silva foi morto após ter arma roubada (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
O filho do sargento, Hiago de Jesus Alves, também considera que o homem que matou seu pai agiu com grande frieza. “O cara que atirou pelas costas dele foi covarde, muito covarde. Não podia ter feito isso. Ele só ia prender o rapaz, ia fazer o serviço dele. Era a única coisa que ele ia fazer”, disse.


A família cobra que todos os envolvidos na briga respondam pela morte do policial. “Eu entendo que tenham outras pessoas envolvidas. Tiveram outras pessoas que estão envolvidas, mesmo por tumultuar demais, gritando. Todas essas pessoas precisam ser indiciadas também, porque ajudaram a tumultuar a ocorrência”, disse o irmão do sargento, Dorivan Rodrigues Marques.

 

Prisão
O caseiro Brunno estava sendo preso pelos policiais quando a confusão começou. Ele chegou a ser preso suspeito de contribuir para a morte do policial, mas foi solto por decisão da Justiça. No alvará de soltura expedido pelo juiz Luís Henrique Lins Galvão de Lima consta que, pelo boletim de ocorrência da PM, o caseiro não empunhou arma nem alvejou os policiais. Além disso, por enquanto, não há prova de que ele aderiu de alguma forma à conduta de Ismael, que atirou contra os policiais.


Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP) lamentou a soltura do caseiro. “Ordens judiciais devem ser cumpridas, mas levanta o questionamento sobre a participação de Brunno no homicídio e na tentativa de homicídio que foram registrados no distrito de Itacaiu, município de Britânia, uma vez que resistiu à prisão e nada fez para dar fim à confusão que ele próprio causara”.


Ainda conforme o texto, "Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar informa que será instaurado procedimento administrativo para apurar os fatos. As investigações a respeito serão conduzidas pela Polícia Civil do Estado de Goiás".

 

Fonte: G1