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Dois dos policiais militares envolvidos na perseguição que terminou com a morte do universitário Júlio César Espinoza, de 24 anos, na Zona Leste de São Paulo, na segunda-feira (27), foram presos administrativamente por cinco dias, informou a Secretaria de Segurança Pública. Eles estavam detidos em uma cela dentro da Corregedoria da Polícia Militar (PM) nesta sexta-feira (1º).

espinozaJulio Espinoza tinha 24 anos e foi morto em suposto confronto com policiais e guardas (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal / Facebook)
O universitário foi perseguido por cinco carros da PM e duas viaturas da Guarda Civil Metropolitana de São Caetano do Sul após se recusar a parar em uma abordagem policial. Ao todo, dez PMs e quatro guardas participaram da ocorrência. O carro de Júlio César recebeu 16 tiros durante a fuga. Nove foram disparados por PMs e sete pela equipe da GCM que dava apoio à polícia.
Júlio César foi atingido por um dos disparos na cabeça e não resistiu aos ferimentos. Ele foi enterrado na manhã desta quinta-feira (30) no Cemitério Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. No enterro, a mãe do jovem, Veraldina Alves Espinoza, falou sobre a nova testemunha que afirmou ter visto um policial jogar uma arma no carro do estudante.

"Pena que não conheço, mas queria dar uma abraço nela para agradecer. Porque da maneira que eles falaram do meu filho, dizer que meu filho era assassino, tava com isso no carro, e não estava", disse ela.
Em depoimento, os policiais disseram que suspeitaram do carro do universitário. Eles checaram que o veículo não era roubado mas fizeram sinal para ele parar. Como o estudante não parou, começou a perseguição.
Segundo a família, o estudante evitava blitz da polícia, porque o carro tinha seis multas em função do rodízio municipal de veículos. Todas na Avenida Paes de Barros, caminho da faculdade. As multas somavam R$ 510.

Na noite em que foi baleado, o jovem voltava de um bico de garçom para pagar as multas. “O garoto ficava comigo quando as aulas terminavam mais cedo, ficava comigo na lanchonete, aguardando minha filha chegar, que ela chegava um pouco mais tarde. Um menino puro, inocente. É absurdo. É um crime, é um assassinato”, lamenta Rogério Pinheiro Pernias, comerciante.
Os agentes de segurança alegam que revidaram disparos feitos por Espinoza. Apesar disso, a Ouvidoria das Polícias suspeita que a morte do universitário possa ter sido uma execução.
"Há indícios de suspeita de execução. São muitos tiros. Foram 16 disparos contra o carro e um deles atingiu a cabeça do jovem, que morreu", afirmou Neves ouvidor das Polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves. "Ficamos surpresos com a quantidade de tiros. Ainda mais ao saber que o suspeito é um universitário, aparentemente sem passagens pela polícia".

01/07/2016 11h51 - Atualizado em 01/07/2016 14h36
Dois policiais envolvidos em morte de universitário são presos em SP
PMs participaram de perseguição que terminou com a morte do jovem.
Carro de Júlio César Espinoza recebeu 16 tiros, segundo Polícia Civil.
Do G1 São Paulo
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Dois dos policiais militares envolvidos na perseguição que terminou com a morte do universitário Júlio César Espinoza, de 24 anos, na Zona Leste de São Paulo, na segunda-feira (27), foram presos administrativamente por cinco dias, informou a Secretaria de Segurança Pública. Eles estavam detidos em uma cela dentro da Corregedoria da Polícia Militar (PM) nesta sexta-feira (1º).
O universitário foi perseguido por cinco carros da PM e duas viaturas da Guarda Civil Metropolitana de São Caetano do Sul após se recusar a parar em uma abordagem policial. Ao todo, dez PMs e quatro guardas participaram da ocorrência. O carro de Júlio César recebeu 16 tiros durante a fuga. Nove foram disparados por PMs e sete pela equipe da GCM que dava apoio à polícia.
Júlio César foi atingido por um dos disparos na cabeça e não resistiu aos ferimentos. Ele foi enterrado na manhã desta quinta-feira (30) no Cemitério Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. No enterro, a mãe do jovem, Veraldina Alves Espinoza, falou sobre a nova testemunha que afirmou ter visto um policial jogar uma arma no carro do estudante.
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"Pena que não conheço, mas queria dar uma abraço nela para agradecer. Porque da maneira que eles falaram do meu filho, dizer que meu filho era assassino, tava com isso no carro, e não estava", disse ela.
Em depoimento, os policiais disseram que suspeitaram do carro do universitário. Eles checaram que o veículo não era roubado mas fizeram sinal para ele parar. Como o estudante não parou, começou a perseguição.
Segundo a família, o estudante evitava blitz da polícia, porque o carro tinha seis multas em função do rodízio municipal de veículos. Todas na Avenida Paes de Barros, caminho da faculdade. As multas somavam R$ 510.
Na noite em que foi baleado, o jovem voltava de um bico de garçom para pagar as multas. “O garoto ficava comigo quando as aulas terminavam mais cedo, ficava comigo na lanchonete, aguardando minha filha chegar, que ela chegava um pouco mais tarde. Um menino puro, inocente. É absurdo. É um crime, é um assassinato”, lamenta Rogério Pinheiro Pernias, comerciante.
Os agentes de segurança alegam que revidaram disparos feitos por Espinoza. Apesar disso, a Ouvidoria das Polícias suspeita que a morte do universitário possa ter sido uma execução.
"Há indícios de suspeita de execução. São muitos tiros. Foram 16 disparos contra o carro e um deles atingiu a cabeça do jovem, que morreu", afirmou Neves ouvidor das Polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves. "Ficamos surpresos com a quantidade de tiros. Ainda mais ao saber que o suspeito é um universitário, aparentemente sem passagens pela polícia".
Homem diz que viu policial jogar arma dentro de carro de estudante
Uma testemunha disse que o estudante universitário Julio Cesar Espinoza não reagiu quando foi abordado por policiais militares e guardas-civis. Afirmou ainda que um policial jogou uma arma no carro do rapaz depois de ele ter sido baleado. As informações são do Jornal Hoje.
"Eu vi quando estava chegando às 3h30 da manhã. Entrei na rua, as polícias vieram atirando no rapaz tava dando fuga. E aí pegaram e descarregaram mais de 50, 100 tiros", afirmou.
A testemunha afirmou ainda que não houve troca de tiros. "Não teve em nenhum momento troca de tiro. A hora que parei meu carro na avenida eles entrou atirando e moleque veio cambaleando com carro de lá de baixo até aqui. Aí ele se perdeu ali, bateu e ali foi uma sessão de tiro. Terror mesmo. Parecia bangue bangue".
O homem disse que os policiais estavam fortementes armados. "Até a hora que parou tudo, o pessoal de São Caetano conversou com pessoal de São Paulo, foram os dois pra dentro do carro e foi onde deu o tiro. Tirou da cintura, deu o tiro e jogou a arma dentro do carro."
O homem confirma que o policial jogou a arma dentro do carro. "Dentro do carro. Depois que tirou o moleque eles pegou: olha, achou a arma do crime aqui - mas não tinha arma não - a arma foi forjada sendo que a gente não pode nem filmar porque eles deixou bem claro: 'Se filmasse iam pegar celular e iam quebrar - tanto o policial de São Paulo quanto o de São Caetano."
A testemunha disse ainda que os policiais mandaram todo mundo se afastar. "Quem tivesse de celular era para desligar o celular. Se eles pegassem celular iam quebrar no chão e levar embora. Falaram que não era pra gravar nada".
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. A Corregedoria da Polícia Militar diz que abriu um inquérito para apurar a conduta dos policiais envolvidos e que quatro policiais foram afastados e cumprem serviços administrativos. A Prefeitura de São Caetano do Sul afirma que a Corregedoria da Guarda Civil Municipal vai apurar a conduta dos agentes.

 

Fonte: G1