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Há um ano, o tempo parou por dentro.
O mundo seguiu, as horas passaram, os dias mudaram de nome… mas aqui dentro, um silêncio se fez morada.
Silêncio que fala. Que lembra. Que pesa.
Silêncio de ausência que ninguém preenche.

Um ano sem Vasconcelos (Antonino).
Sem o som da sua voz, o jeito único de estar presente, mesmo quando dizia pouco.
Sem a força das suas convicções, sem o riso de canto de boca, sem os planos ditos em voz baixa, como quem guarda o futuro no peito.

Um ano em que tudo mudou.
Mudaram os domingos, as rotinas, os lugares na mesa.
Mudou o modo como se olha para o céu...agora, com mais perguntas.
Mudou a forma de orar... agora, com mais silêncio e entrega.

Mas mesmo com tudo diferente, há coisas que resistem.
A saudade não arreda.
A memória não se apaga.
E o amor, aquele que nem a morte ousa tocar, continua vivo em cada lembrança, em cada gesto que ficou, em cada vida que ele tocou.
Hoje, não celebramos a dor.
Celebramos a existência de um homem que deixou marcas profundas demais para serem esquecidas.
Homem de palavra firme, de coração inquieto, de presença que preenchia os espaços com sentido.

Vasconcelos vive.
Não como antes...mas vive.
No que foi ensinado, no que foi vivido, no que foi amado.

E se hoje os olhos se enchem, não é só de tristeza.
É de honra.
É de gratidão.
É de tudo que ele representou, e que continua sendo farol para quem ficou.

Que Deus o tenha em paz.
E que aqui, na saudade, a gente aprenda a continuar.

                                         

                                                             Leucijane de Vasconcelos e Família.