Neste 4 de abril, Dia Mundial dos Animais de Rua, um grupo de protetores independentes em Floriano se mobilizou para dar visibilidade à causa animal. Formado por Marilza Monteiro, Francisca, Jean Charles, Zélia Lopes, Efigênia e Fabíola, o grupo sente falta de apoio público e comunitário, especialmente no que diz respeito às castrações, essenciais para o controle populacional dos animais abandonados.
“Se você ver um animalzinho ali, está na sua frente atropelado, precisando de ajuda, precisando ser alimentado, precisando de água, você pode também fazer a sua parte. Esse problema é de todos nós”, destacou Marilza Monteiro, que atua há anos em resgates e cuidados com cães e gatos em situação de rua.
Jean Charles, comerciante e protetor, lembra que sua trajetória começou há 14 anos, com três gatos abandonados na praça Dr. Sebastião Martins. “Até hoje estamos aqui, fazendo a proteção, cuidando, fazendo a castração de todos os animais que estavam aparecendo aqui na praça”, contou.
O grupo está organizando um evento beneficente no dia 27 de abril, às 16h, na mesma praça, com o objetivo de arrecadar fundos para novas castrações. Zélia Lopes reforça a importância dessa ação: “Sem a castração se reduz muito a adoção. Pedimos à população que se junte a nós nessa luta, o poder público. Estamos no Abril Laranja, que é o mês de conscientização contra os maus-tratos, e a falta de castração é o maior dos maus-tratos, porque o animal está condenado a ser abandonado, se reproduzir nas ruas, surgindo todo tipo de problema.”
A dor da realidade se fez ainda mais evidente com o caso recente de uma cadela resgatada com ferimentos graves e os olhos arrancados. Ela está sob os cuidados de um veterinário e aguarda um lar temporário.
A mensagem dos protetores é clara: a causa animal precisa de todos nós. A união da sociedade é essencial para mudar essa realidade.
Da redação