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Na segunda-feira da semana passada (11), o Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI) realizou uma fiscalização no Hospital Estadual de Campo Maior. Ontem (19), a inspeção foi no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, o maior hospital estadual da região norte do Piauí, e também no seu anexo, o Hospital Nossa Senhora de Fátima.
Durante a vistoria, a presidente do SIMEPI, Dra. Lúcia Santos, e o vice-presidente, Dr. Samuel Rego, constataram graves problemas de estrutura e higiene no HEDA. Em entrevista ao JC24horas a Dra. Lúcia ressaltou que é crítica a situação do hospital, tanto para médicos e demais profissionais quanto para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os hospitais mencionados passaram a ser administrados por empresas privadas, o que, de acordo com Dra. Lúcia Santos, tem agravado os problemas. “A administração por essas empresas não está funcionando, porque elas visam lucro. Então, constantemente, reduzem o número de exames que os médicos podem pedir para os pacientes, reduzem insumos e material mobiliário para os funcionários trabalharem”, destacou.
Entre as irregularidades apontadas pela equipe do SIMEPI, estavam:
- Mobiliário inadequado, como cadeiras sem ergonomia;
- Médicos utilizando longarinas para trabalhar no computador;
- Fiação elétrica exposta próximo aos profissionais;
- Espaços pequenos e inadequados para a instituição, que também funciona como hospital escola;
- Banheiro do consultório de obstetrícia compartilhado entre profissionais, pacientes e acompanhantes;
- Pacientes acomodados nos corredores e acompanhantes utilizando banheiros das enfermarias.
O único local adequado identificado foi a sala da diretoria administrativa. “Isso é grave. A empresa burla as normas de saúde do trabalhador. É muito grave o que nós constatamos”, alertou a presidente do SIMEPI.
O sindicato reforça a urgência de ações para corrigir essas irregularidades, que comprometem a qualidade do atendimento e a saúde de trabalhadores e pacientes.
Confira no vídeo mais informações sobre a inspeção no HEDA.

Da redação