Apresentação1

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Floriano divulgou uma nota de repúdio após a circulação nas redes sociais de imagens que mostram uma mulher sendo agredida por um homem em via pública. Na nota, a instituição, juntamente com suas Comissões da Mulher Advogada e de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, manifesta seu repúdio ao ato de violência ocorrido na cidade, assim como à ampla divulgação das imagens do crime.

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No entanto, a nota repercutiu de forma polêmica entre internautas, que enviaram mensagens ao portal JC24horas questionando o foco do comunicado. Para parte da população, a OAB teria demonstrado mais preocupação com a divulgação das imagens do que com a brutalidade do ato em si.

Em resposta à repercussão, o portal JC24horas entrevistou a advogada Dra. Laysa Santos, representante da OAB local. Durante a entrevista, a advogada reafirmou o posicionamento da Ordem contra qualquer tipo de violência doméstica. “A OAB repudia todo e qualquer ato de violência contra a mulher”, declarou.

Dra. Laysa também destacou os riscos da chamada revitimização, que ocorre quando a exposição de uma vítima a conteúdos traumáticos é repetida. “Às vezes as pessoas pensam que estão compartilhando desenfreadamente imagens como aquela — que são imagens tristes de estar assistindo — mas não entendem que aquela repercussão demasiada pode trazer um novo trauma pra vítima”, ressaltou a advogada.

Questionada pelo repórter Temístocles Filho sobre a possibilidade de que a não divulgação das imagens possa encorajar novos agressores, uma vez que o crime poderia ter sido praticado em oculto, a advogada reconheceu a importância da denúncia, mas manteve a ênfase na proteção da vítima. Além disso, foi pontuado que, até o momento da entrevista, nenhuma comissão da OAB havia feito contato direto com a vítima.

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O caso também gerou indignação após o agressor, mesmo com as imagens em circulação como prova material, ser liberado em audiência de custódia. Sobre isso, Dra. Laysa preferiu não entrar no mérito da decisão judicial. “Quanto a isso, como advogada, respeito o trabalho dos colegas. E foi uma decisão do juiz. Se ele entendeu que o rapaz solto não trazia risco, foi uma decisão judicial, e aí tem a ver com o trabalho dos colegas, a gente não pode entrar tanto nesse mérito”, finalizou.

Confira no vídeo mais detalhes da entrevista

Da redação