No Tribunal do Júri da Comarca de Floriano, o Conselho de Sentença votou hoje (7) pela condenação de Gustavo Ribeiro de Sá. Ele é acusado do assassinato de Iago Victor Soares dos Santos, um adolescente de 15 anos, morto a facadas em 31 de maio de 2021, no bairro Princesinha, em Floriano. Na sentença, proferida pelo juiz Dr. Franco Morette, foi estabelecida uma pena-base de 23 anos e 3 meses de reclusão. Contudo, o réu possuía agravantes, em especial a multirreincidência de crimes, conforme previsto nos artigos 61 e 63 do Código Penal. Devido a essa reincidência, a pena foi aumentada em um quinto, resultando em uma pena provisória de 27 anos, 10 meses e 24 dias de reclusão, a serem cumpridos em regime fechado.
A Defensoria Pública apresentou a tese de defesa visando afastar as qualificadoras de motivo fútil e do recurso que dificultou a defesa da vítima, mas as argumentações não foram aceitas pelo Conselho de Sentença, o que levou à condenação.
“Infelizmente os jurados não acataram a tese. A Defensoria Pública já vai apresentar recurso pra ver se submete a um novo júri ou tentar diminuir a pena, a qual a defesa entende que foi exagerada”, enfatizou o Defensor Público Dr. Eduardo Ferreira Lopes.
A mãe da vítima acompanhou o julgamento, vivenciando um dia difícil pelas lembranças do crime e pela espera por justiça.
“Muito difícil, muito difícil mesmo, porque vai fazer quatro anos a gente esperando por esse dia. Desde 9 horas da manhã que a gente está aqui, mas a justiça foi feita, ele vai continuar preso e pagar pelo que ele fez. O importante já foi feito, agora é entregar a Deus”, ressaltou Lucicleia Soares, mãe de Iago Victor.
Segundo o Presidente do Tribunal do Júri, o julgamento transcorreu dentro da normalidade, reafirmando a seriedade e a imparcialidade do processo. “O julgamento de hoje ocorreu tudo da forma como esperado, dentro da normalidade e legalidade, não havendo nenhum percalço durante os trabalhos, resultando com a sentença prolatada ainda nesta sessão plenária”, disse o meritíssimo. Ele acrescentou que: “até agora não foi apresentado nenhum tipo de recurso nem pela acusação nem pela defesa. Mas a gente aguarda; tem um prazo legal ainda para que ambos possam atuar dessa forma, se assim acharem conveniente e necessário”, concluiu Dr. Moreti.
Da redação