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O juiz Sérgio Moro autorizou a prorrogação do inquérito que investiga o publicitário João Santana e a mulher dele Monica Moura. O prazo original vencia na terça (8), mas o juiz concedeu mais 15 dias para que a Polícia Federal conclua o relatório das apurações da 23ª fase da Lava Jato e decida se irá indiciar, ou não, os investigados. Eles estão presos preventivamente, sem prazo para sair.

joao santana monicaJoão Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura são investigados pela PF (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O publicitário baiano João Santana foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. As investigações apontam que ele e a mulher receberam em conta secreta no exterior dinheiro da empreiteira Odebrecht e do engenheiro Zwi Skornicki.
Skornicki, segundo as investigações, é um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras apurado pela Lava Jato. Representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, segundo o Ministério Público Federal (MPF), Zwi foi apontado por delatores do esquema como elo dos pagamentos de propina. O inquérito que o investiga também foi prorrogado.
Ao serem ouvidos pelos investigadores, João Santana e Monica Moura disseram que os pagamentos feitos no exterior, para uma conta não declarada que o casal admitiu possuir (Shelbill), eram referentes apenas a campanhas feitas no exterior. Dentre esses pagamentos estavam US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado como operador de propina no esquema da Petrobras, e US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht.

Além dos pagamentos no exterior, planilhas apreendidas pela PF com uma funcionária da Odebrecht apontam que a empreiteira pagou R$ 22,5 milhões a alguém com o codinome "Feira", entre outubro de 2014 e maio de 2015 - quando a Operação Lava Jato já havia sido deflagrada e em período que coincidiu com as eleições presidenciais de 2014.
Para a PF, ficou evidente que "Feira" é um codinome usado para se referir ao casal, mais especificamente Monica Moura, que controlava as finanças das empresas.
Mais tempo
Segundo a Polícia Federal, é preciso mais tempo para concluir as investigações porque ainda falta ser feitas análises de material apreendido, além de ouvir novamente os investigados – os depoimentos do casal estão previstos para a manhã de quinta-feira (10).
“Razoável, então, não ter havido tempo hábil para a análise de todo o material apreendido, conforme noticia a autoridade policial, sendo salutar a concessão do prazo adicional previsto em lei para a finalização da investigação”, afirmou Sérgio Moro, que alerta, porém que o prazo não será novamente prorrogado e que não é desejável que se use todo o prazo.

 

Fonte: G1