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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (15/03), novos mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento na tentativa de fraude no concurso do Tribunal de Justiça do Piauí. Segundo o secretário de Segurança Fábio Abreu, as diligências de hoje estão concentradas na cidade de Caxias-MA.

O secretário informou que os novos pedidos de prisões foram baseados em depoimentos e provas obtidas pela equipe de inteligência e tecnologia da Segurança.

O grupo, desbaratado na Operação Veritas, teria ainda agido no concurso do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e da prefeitura de Capitão de Campos. A polícia chegou ainda a um grupo que atuava na venda de diplomas e certificados de conclusão de curso.

Até o último dia 11, o número de presos na operação já chegava aos 30.

DETALHES DE COMO AGIAM
Em coletiva no dia de ontem, a polícia civil detalhou como agiu o grupo envolvido na fraude do concurso do Tribunal de Justiça do Piauí. Sem acesso ao gabarito oficial do certame, os candidatos se confiaram em provas realizadas por estudantes de medicina, com bom desempenho acadêmico, para buscar a aprovação. Os chamados 'CDFs' faziam as provas, deixavam o local de aplicação mais cedo e, por celular, passavam o gabarito.

Entre os presos há dois advogados, um policial civil, uma agente da Strans, integrante do Corpo de Bombeiros, funcionários do Ministério Público, estudantes, um adolescente apreendido, todos sob investigação.

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Carlos Santiago e Cristian Santiago, segundo o delegado Kleydson Ferreira, são apontados como líderes do grupo. "Além de fazerem as provas, eles também organizavam a distribuição das questões", disse o delegado. Sávio de Castro seria um dos estudantes de Medicina que fazia as provas. Na lista divulgada pela polícia, aparecem ainda os nomes de Josué Modesto, Marcelo Freire, Gabriel Alves, F. das Chagas e João C. Neto, como suspeitos de realizarem as provas para, sem seguida, passar os gabaritos.

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A polícia não informou por quanto estes gabaritos eram negociados. Até agora, a polícia não tem indícios de participação de funcionários do Tribunal de Justiça.

Na operação a polícia conseguiu também identificar pessoas suspeitas de fabricar diplomas, emitindo falsos certificados de conclusão de diversos cursos. Maria de Fátima, Madeira Neto e Taís Regina, podem ter de responder por estas suspeitas.
Além de Teresina, o esquema também fraudou concursos no Maranhão, entre eles do Tribunal Regional Eleitoral daquele estado, Seduc e Prefeitura de Morrinhos. No Piauí, o grupo atuou ainda no concurso da prefeitura de Capitão de Campos.

Mesmo com a revista dos candidatos ao entrarem nos locais de prova, os fraudadores usam de artimanhas para entrar com aparelhos celulares e manter comunicação durante a aplicação. "Houve o cuidado, mas estas pessoas entram com os celulares próximos das partes íntimas, esconderijos em calças jeans, alguns aparelhos que são vendidos no Paraguai burlam os detectores de metais, eles tem conhecimento disso. Os criminosos são especializados nesta prática", explica o delegado Carlos César, que integra a equipe de investigação. Ele explica que a polícia tem indícios graves que comprometem quase todos os investigados, e que as conduções foram para evitar "medidas menos trágicas".

 

Fonte: 180 Graus