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Em entrevista veiculada na TV Meio Norte nesta terça-feira (05/07), Rodrigo Fernandes deixou bem claro que pretende usar a suposta informação sobre o paradeiro dos restos mortais da modelo Eliza Samúdio, morta em 2010, para garantir proteção. Ao jornalista Ieldyson Vasconcelos ele afirmou que foi o irmão, o ex-goleiro Bruno quem lhe citou na trama e não descartou a possibilidade de que algum advogado do ex-atleta possa lhe procurar na tentativa de calar a história.

Prestado há duas semanas, o depoimento de Rodrigo foi solicitado pela delegacia do Rio de Janeiro. Todas as perguntas, segundo informou a própria Delegacia Geral do Piauí, vieram prontas no conteúdo de uma carta precatória.

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INFORMAÇÃO VALIOSA?
Sobre informar a suposta localização do corpo de Eliza, Rodrigo diz que não quer “passar os pés diante das mãos” e garantiu que não adianta a imprensa lhe fazer esta pergunta, já que “esse assunto interessa à justiça”.

“E relacionado o porquê estou citado, começa em junho de 2009. Na investigação encontraram três fotografias minhas, uma num sítio no dia da festa em que a Eliza estava, inclusive vários jogadores do Flamengo, quando [o time] jogou em Belo Horizonte, alguns jogadores retornaram para o Rio, e outros ficaram na festa do Branco. Acharam outra no aeroporto, no dia que ela chegou de viagem, que foram buscar ela. Acharam essa fotografia, tem que comprovar que essa fotografia é a minha, cabe ao investigador confirmar se é montagem ou não. E outra fotografia com placa do Piauí, uma Hilux, e outra com placa no Maranhão, no dia do goleiro Bruno mandou pegar ela [Eliza]”, narra sobre o irmão do ex-goleiro.

Questionado pelo jornalista Ieldyson Vasconcelos se Bruno lhe daria a missão de “dar sumiço” em Eliza, o rapaz diz que o irmão “tomou uma atitude precipitada”. “Até um menor, que ele envolveu no meio, foi o primeiro abrir a boca. A pessoa que ele menos dava a missão, terminou sabendo mais coisas”, diz, sempre no tom enigmático de algumas declarações.

Seu nome, diz Rodrigo, foi citado pelo próprio Bruno. “Foram pegar a Eliza, em 2009 na casa da Milena, onde ela estava acampada, e foi reconhecido o carro do goleiro. Ao entrar no carro ela olhou para o banco de trás e viu uma pessoa deitada, perguntou ao Bruno quem é? ‘É meu irmão’, citou meu nome, isso tudo a Milena contou que a Eliza tinha contado. Pegaram, levaram para o apartamento do Bruno, e tentaram botar ela pra abortar a criança. Ela tinha topado fazer o abordo numa sexta. Deram remédio, quando acordaram ela, botaram num carro de placa do Piauí. Eu estava no Rio, naquela época. Poucos dias depois que a Eliza desapareceu, poucos dias, tinha chegado no Piauí já tava com documentação de trabalho há mais de 2 anos (...) Agora, vamos supor que chegue um advogado que peça pra ‘marcar’ com o Bruno?”, diz sugerindo a possibilidade de que tentem um acordo com ele para “combinar” alguma história.

 

ACUSAÇÕES DE ESTUPRO
Rodrigo foi preso a primeira vez por força de mandado expedido pela justiça do Maranhão, acusado de cárcere privado e estupro tentado, crimes pelo qual foi inocentado por falta de provas. Agora ele responde por seis acusações de estupro, e segue recluso no presídio de Altos. “Sou um tipo de pessoa que puxei a genética do meu pai, era uma pessoa que não era essa pessoa que hoje eu tenho estas acusações. Ele era um rapaz estragado, envolvido com mulheres da vida, envolvido com mocidade, raparigueiro, essa é a realidade. O Bruno é da mesma forma, e eu não posso ficar atrás, não estou puxando o espelho do Bruno, mas eu sou raparigueiro mesmo”, afirmou.

Ele nega, contudo, que tenha estuprado alguém. “Primeiro, mulher a gente compra, garota de programa. A gente encontra no centro mulheres viciadas por 10 reais, 15 reais, que necessidade tem, ou que gosto tem, o cara pegar uma moça para estuprar?”, segue.

Rodrigo diz que sua última prisão teria sido resultado uma trama montada por um repórter. “Fui preso dia 03 de setembro na cidade de Timon, no Maranhão, pela equipe da Força Tática, dizendo que, eu teria invadido uma central de televisão, no Piauí. Disseram também que eu tinha ameaçado um repórter dentro da emissora, invadi a emissora, ameacei os repórteres, e estava fugindo... ao grau de conhecimento desta equipe de policiamento que não fez seu trabalho digno e que são incapazes de usar essa farda, disseram que eu estava fugindo. Pra comunicar que eu não estava fugindo, eu moro em Timon, eu estava morando em Timon, então estava em casa. O repórter desta emissora me ligou, pediu pra mim vir ao encontro com ele, quando cheguei, infelizmente quem ‘tava’ era a Força Tática, quando me prenderam, aí foram dizer que eram várias acusações de estupro, onde até agora nada ficou comprovado”.

 

ÚLTIMO CONTATO COM BRUNO
Rodrigo diz que seu último encontro com o ex-goleiro aconteceu em 2013, na penitenciária Penitenciaria Nelson Hungria, em Minas Gerais. Ele diz que não “trocou ideias” com o irmão sobre revelações, mas diz compartilhar de segredos de família. “A gente que cai na chuva tem que se molhar, não tem como fugir. A gente tem que ficar Ieldyson, preparado pra tudo. Quando ele citou a palavra Jacarepaguá, Rio de Janeiro, delegacia de lá, fiquei caçando... nunca rodei por lá. Há uma suposta tentativa de aborto, isso aconteceu em junho de 2009. Bruno tava lutando com ela pra ela fazer o aborto. Na verdade, existe uma ligação. Pacto não se chama entre nós dois, entre várias pessoas, a gente não pode expor”, diz.

 

Ele falou ainda, rapidamente sobre seu suposto envolvimento com o PCM (Primeiro Comando do Maranhão). “Conheço gente de lá, cada um tem seu cargo, quem for revelar, tem penalidade. Prefiro ficar calado”, afirma. Conta ainda que a Polícia do Rio de Janeiro estaria atrelando o caso ao Comando Vermelho, e diz que isso se relacionaria “com outra pessoa que está envolvida no caso Eliza Samúdio”.

 

 

Fonte: 180 graus