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Até o momento, o eleitor de centro é o grande órfão da disputa pela presidência da República. Não tem um candidato. Ou melhor, não tem um candidato de referência, já que sobram nomes tentando se posicionar como dono desse eleitorado. Até mesmo o PT de Lula, que nos últimos anos abraçou o discurso do “nós contra eles” e se distanciou do centro, agora tenta se reaproximar, num esforço de repetir o movimento de 2002.

Rodrigo e Alckmin 04f2Rodrigo Maia e Geraldo Alckmin: aliados de onem, hoje em rota de colisão por conta do eleiorado de centro (FOTO: PSDB/Divulgação)

A luta encarniçada tem uma explicação simples: é a maior fatia do eleitorado, com uma visão algo conservadora, tanto os que se dizem centro-direita ou centro-esquerda. Historicamente – no Brasil e em outras partes do mundo – é apontado como o eleitorado que define a eleição. Quem vem da esquerda e soma o centro, vence. Se quem faz essa soma é quem vem da direita, torna-se o vencedor. Daí, os discursos de um lado e de outro tentam lançar afagos para o centro – vide o PT nos últimos quatro meses, que mudou o tom e passou a fazer afagos mais ao centro e até ao centro-direita.

Essa disputa leva os candidatos a buscarem aproximação de partidos que têm um diálogo mais sistemático com esse eleitorado. Quem vem esboçando esse movimento, agora, é Geraldo Alckmin, presidente do PSDB e presidenciável do partido. Ele é um dos muitos nomes que flertam com esse eleitorado, mas que – pelo menos por enquanto – tem sido muito pouco correspondido. Para ter um bom punhado de partidos de centro e centro-direita, Alckmin está levando o PSDB para o chamado “blocão” da Câmara. Mas isso não agrada Rodrigo Maia (DEM), que se sente meio dono desse grupo.

O “blocão” é um grupo parlamentar formado por PR, PSDB, PSD, PRB, PTB, SD, PPS, PV, PROS, PSL e PRP. Agora reforçado pelo PSDB, tenta pleitear a muito estratégica Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, cujo comando se alternava entre PP e MDB. O grupo quer o posto para o deputado Milton Monti, do PR de São Paulo.

O movimento de Alckmin traz riscos, porque atrai aliados mas cria animosidades. A reação nada positiva é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), também um presidenciável. Mas o tucano desconfia que não vai contar mesmo com o DEM, pelo menos em um primeiro turno. Tampouco com o MDB e o PP. Daí, prefere se aliar ao “blocão” e puxar para si esse grupo de partidos.

A surpresa de Rodrigo Maia
A aproximação entre o PSDB e “blocão” surpreendeu a muita gente no Planalto Central. Rodrigo Maia, que tenta ser o candidato de referência no segmento centro-direita, não contava com essa. Sim, porque ele é presidenciável e deve deixar explícita sua intenção no início de março, quando começa uma peregrinação pelos estados, fazendo filiações ao seu DEM.

De fato, Rodrigo esperava contar com o PR e o PRB em sua aliança, além do próprio PP. Por isso mesmo já tinha afiançado o arranjo entre PP e MDB sobre duas comissões fundamentais – a Comissão Mista de Orçamento, que ficaria com o MDB, e a de Constituição e Justiça da Câmara, que ficaria com o PP. Na medida em que o PSDB passa a integrar o “blocão”, esse cálculo pode ter que ser refeito.

 

Fonte:cidadeverde.com