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O movimento em torno da vice-governadora Margarete Coelho (PP), ontem, trouxe uma novidade: a declaração de apoio de Lucy Silveira à candidatura de Margarete ao governo do Estado. Chamou atenção por vários motivos, inclusive pelo fato de Lucy ser a mulher do prefeito Firmino Filho, um tucano que anda um tanto distante do PSDB mas que afirma apoiar a candidatura de Luciano Nunes.

Firmino e Lucy 012Firmino Filho e Lucy Silveira: possibilidade de estarem em palanques diferentes na eleição de outubro? (FOTO: Wilson Filho)

O primeiro que chamou atenção foi que Lucy chegou para uma festa em que a intenção era pedir para a vice seguir onde está, na vice. Esse objetivo ficava patente no nome do movimento: “Fica Margarete”. Pois a primeira-dama do município saiu-se com essa: lançou Margarete ao governo.

A segunda surpresa é lembrar que Lucy assumiu uma posição distinta da abraçada pelas principais lideranças de seu PP. Tanto o senador Ciro Nogueira, como o deputado Júlio Arcoverde e mesmo Margarete são categóricos em ressaltar a impossibilidade de ruptura com o governador Wellington Dias (PT) e a firmeza no apoio à sua candidatura de reeleição. Ao defender candidatura da vice à titularidade do Karnak, a mulher de Firmino desafinou o coro dos progressistas.

Para completar, ela destoou completamente das declarações do próprio marido, que diz publicamente que apóia Luciano Nunes, o candidato tucano ao palácio de Karnak. A declaração de Lucy traz algumas indagações. A mais óbvia é: Lucy e Firmino têm posições divergentes quanto às candidaturas ao governo do Estado? Se a resposta for sim, há um problema sério – que pode levar a considerações sobre o futuro político do casal.

Outra indagação possível é se a declaração de Lucy pode ser tomada como um ato falho. De fato, ela estaria apenas revelando o lado cirista dos Silveiras, reforçando uma estratégia política que neste momento interessa ao partido presidido nacionalmente pelo senador piauiense? Se resposta for afirmativa, Firmino estaria reafirmando sua ligação cada vez mais estreita com o líder do PP.

E se essa ligação é estreita a esse ponto, pode caber outro questionamento: Firmino e Lucy seguirão os passos de Ciro Nogueira, em outubro, apoiando a candidatura de Wellington Dias? Ou discreparam em suas opções pessoais?

O certo é que, se mantiverem a unidade de voto nas eleições de outubro, um dos dois – Lucy ou Firmino – estará cometendo uma infidelidade partidária. Se Firmino votar em Luciano e Lucy o seguir, ela estará ela desobedecendo a opção do PP, que afirma e reafirma seu apoio a Wellington Dias. Já se Firmino seguir Lucy e o PP no apoio a Wellington, estará ele se voltando contra o seu próprio partido, que tem a candidatura de Luciano.

A dúvida talvez se resuma a uma questão mais prosaica: quem manda na casa, em termos de orientação política? A resposta a essa pergunta, talvez nunca se saiba.

 

Fonte:cidadeverde.com