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A campanha de 2018 prometia repetir 1989, com indefinições até o fim e um mundo de candidatos. Mais que isso, prometia não repetir as campanhas entre 1994 e 2014, quando PSDB e PT polarizaram todas as disputas. O encaminhamento vai mostrando que o número de candidatos, apesar de expressivo, estará longe dos 22 de 1989. E, ao contrário da previsão geral, o processo dá sinais de que a disputa pode se encaminhar para mais um Fla-Flu. Isto é, para outro embate entre PT e PSDB.AlckminComHaddad01Alckmin e Haddad, em foto de quando um era governador e o outro prefeito: possibilidade de polarização

O número de candidatos deve ficar perto de uma dúzia, provavelmente um pouco acima. Isso faz que se reafirme uma tendência de crescimento no total de concorrentes desde 2002, quando tivemos 6 presidenciáveis. Em 2006 foram oito concorrentes, passando para nove em 2010 e chegando aos 11, em 2014.

Mas o que parece realmente jogar pela janela todas as projeções que se fazia, por exemplo, há cerca de um ano é o que diz respeito à renovação e ao fim da polarização entre PT e PSDB. As duas previsões furadas, aliás, estão juntas.

Calculava-se que a Lava Jato seria um destroço no mundo político e quem tivesse pelo menos uma citação na operação que destapou o bueiro da corrupção estaria frito. Condenado! Derrotado!

O cenário atual vai mostrando que não. Os novos nomes que apareceram foram ficando pelo caminho, por não conseguirem conviver com o sistema (caso de Joaquim Barbosa) ou porque não foram levado em conta pelo eleitor (caso do empresário Flávio Rocha). Há ainda aqueles que ameaçaram entrar na disputa mas permaneceram distantes, caso do apresentador Luciano Huck.

E ficaram os de sempre. Se Lula pudesse concorrer, estaria na sexta disputa presidencial. Já Ciro Gomes, assim como Marina Silva, fará sua terceira tentativa de chegar ao Planalto. E Alckmin estará na segunda tentativa de chegar lá. Jair Bolsonaro, que se vende como novidade, está na política há 30 anos, e com práticas mais que batidas – como evidenciam os dois filhos com mandato de deputado: de pai para filho desde sempre.

Mesmo nomes vinculados aos escândalos de corrupção seguem com bom apoio popular. E isso explica a permanência cpmpetitiva de PT e PSDB no confronto, e com perspectivas de outra polarização, repetindo o embate final desde 1994. Acreditava-se que os dois partidos seriam seriamente arranhados. Até que foram, mas não a ponto de perderem o protagonismo.

Estrutura e alianças reforçam PT e PSDB
PT e PSDB são os dois partidos mais estruturados do país, com lideranças nos grandes centros e nos grotões. E mostram um pouco mais de unidade que o MDB, outro grande entre as siglas brasileiras. Isso já seria um bom suporte para viabilizar qualquer candidatura.

Os dois vem contando com a pouca confiança que inspiram seus concorrentes na corrida presidencial. As pesquisas (sem Lula) mostram que pelo menos três candidatos estão à frente de seus representantes: Bolsonaro, Ciro e Marina. Mas nenhum tem conseguido apoios políticos. Isso significa pouco tempo de TV e menos suporte nos estados. Daí, cresce a chance da repetição da polarização de sempre.

E o Brasil pode ver, outra vez, PT e PSDB na final da corrida eleitoral. Deta vez com Fernando Haddad de um lado e Geraldo Alckmin de outro.

 

Fonte:cidadeverde.com