• Garoto
  • Oticas Floriano
  • Dario PAX
  • Posto Aliança
  • Paraiba
  • Dario PAX
  • Paraiba
  • Posto Aliança
  • Garoto
  • Oticas Floriano

O novo e interino presidente da República, Michel Temer, falou com exclusividade a ÉPOCA hoje. É a primeira entrevista à imprensa desde que tomou posse interinamente, ontem. Temer foi claro sobre o que espera fazer como presidente, caso Dilma Rousseff de fato não retorne ao cargo. E admitiu que “ainda não caiu a ficha” do momento – de que ele é, de fato, o responsável por tirar o Brasil de uma das mais graves crises de sua história. “Estou acostumado à pressão, a situações difíceis, a crises. Trabalharei de domingo a domingo, de dia e de noite, para cumprir as expectativas do povo brasileiro”, disse, ciente de que o país tem pressa. “Quero, com a ajuda de todos, botar o país nos trilhos nesses dois anos e sete meses.”

495406c7186fd8b955ada0104641f554Presidente Michel Temer. (Imagem:Divulgação)

Temer sabe que botar o país nos trilhos será uma missão difícil. “Não vou fazer milagres em dois anos”, admitiu, quando confrontado com o fato de que a burocracia do governo e as pressões de grupos de interesse no Congresso tornam improvável o sucesso na execução de reformas profundas - sobretudo num curto espaço de tempo e sob a forte instabilidade política que ainda define Brasília. “Quero que, ao deixar a Presidência, olhem para mim e digam ao menos: ‘Esse sujeito arrumou o país’.”

O que seria exatamente arrumar o país? Primeiro e mais urgente, é claro, arrumar o que está mais desarrumado: a economia. “Tenho plena confiança na capacidade de Henrique Meirelles e da equipe montada por ele. Eles terão autonomia para fazer os ajustes necessários e transmitir a confiança que perdemos”, disse. Acredita que arrumar a relação do Planalto com o Congresso, algo que diminuirá a instabilidade política crônica em Brasília, será menos complicado. “Fui presidente da Câmara por três vezes e sei bem o quanto é necessário ter diálogo com os parlamentares e manter o respeito pelas ideias diferentes. Não é fortuito que tantas lideranças partidárias estejam comprometidas com o ministério que foi montado.”

Um terceiro ponto, não tão urgente, mas no qual Temer insiste – chegou a incluir em seu discurso de posse - envolve um novo pacto federativo, que equilibre as relações entre União, estados e municípios. É uma preocupação antiga de Temer, que escreveu artigos sobre o assunto. Hoje, defendem Temer e outros políticos, o dinheiro dos impostos dos brasileiros está demasiadamente concentrado na União e, especialmente, no governo federal. Estados e municípios passam a depender da boa vontade do presidente da República para receber recursos – o que acaba passando por uma relação política, e não institucional. Temer quer muito diminuir esse desequilíbrio federativo. “A partir da próxima semana, formaremos uma comissão que encontre soluções para recompor o pacto federativo, para que tenhamos uma verdadeira federação”, anunciou.

A quarta prioridade do novo presidente é a menos palpável de todas. Mas, talvez, seja a que mais o preocupa, em virtude de sua formação como professor de Direito Constitucional. “Precisamos mudar a cultura política do país”, disse. “Ninguém lê mais a Constituição. Digo isso no sentido de que há um desrespeito profundo pelas leis e pelas instituições. É necessário resgatar o valor desse livro sagrado para a nossa democracia.” Na prática, disse Temer, isso se traduzirá em tomar decisões, ou deixar de tomar decisões, que agridam o espírito da Constituição, mesmo que sejam, formalmente, legais. Ele cita um exemplo que aconteceu hoje. Vários assessores e ministros chegaram a seus locais de trabalho e começaram a retirar a foto da presidente Dilma Rousseff. Temer determinou que mantivessem a foto na parede. “É preciso ter respeito. Ela está afastada, mas continua presidente. Até que saia em definitivo, caso seja essa a decisão do Senado, deve ter seus direitos como presidente afastada assegurados.”

Temer está com a voz cansada, mas parece genuinamente animado para os dias difíceis que se avizinham. “Disposição não faltará – minha e da equipe. Hoje mesmo, percebi em todos uma vontade, uma gana de fazer imensa. Nada ficará para segunda-feira. Tudo o que se discutia começa imediatamente, agora. Estão todos imbuídos do mesmo sentido de urgência que eu”, contou. “Pude perceber também no que posso colaborar. Diante da falta de orçamento, expliquei como muitas vezes é possível fazer programas com pouco dinheiro. Foi o que fiz na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, com a criação de conselhos comunitários e delegacias da mulher. Deram resultado e custaram quase nada. É preciso ter esse tipo de mentalidade.”

É possível fazer tanto em tão pouco tempo? “Não é porque é impossível fazer milagres que não se devem estabelecer metas ambiciosas, como as que delineei. É possível fazer muito, não tenho dúvida. E, se não houver ambição, qual o propósito de se tentar?”

 

 

Fonte: Época

O deputado federal, Marcelo Castro (PMDB), ex-ministro da Saúde, afirmou ao Cidadeverde.com que o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo representa a instalação do “parlamentarismo” no País.Castro, que foi ministro de Dilma Rousseff negou que assumirá cargo no governo Michel Temer e justifica: “Estava no governo Dilma mês passado e assumir cargo no governo Temer é uma mudança muito violenta”.

ec975964b6d807c7a1f5b5cc18ad924a 1

Marcelo Castro voltou a afirmar que o impeachment não tem base jurídica.

“Colocar uma presidente eleita pra fora por causa de sua baixa popularidade só existe no parlamentarismo, porque no presidencialismo precisaria de base legal. Por isso, estão instalando o parlamentarismo no País”.

Sobre equipe anunciada por Temer na tarde desta quinta-feira, Castro disse que são ministros conhecidos e de escolhida política.

“É um ministério político com nomes conhecidos”.

Marcelo Castro disse ainda que não crê que o governo Temer prejudicará a gestão petista de Wellington Dias. “Não creio nessa hipótese. Isso é coisa do passado. O Lula, a Dilma não retaliou ninguém. Isso não existe”.

Escolha de Meirelles foi gol de placa

Para o ex-ministro, a escolha do nome de Henrique Meirelles para a Fazenda foi bastante acertada. “Acho que o Michel acertou 100% na equipe econômica. Henrique é uma figura de credibilidade nacional e internacional. Foi um gol de placa”.

 

 

Fonte:cidadeverde.com

O Diário Oficial desta quinta-feira (12) traz a publicação da exoneração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo de ministro-chefe da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff e de 27 ministros (Veja a lista ao final). Os despachos datam de 11 de maio.

 

images

 

O senado aprovou nesta quinta-feira, por 55 votos a 22, o afastamento temporário de Dilma da Presidência e abertura de processo de impeachment contra ela, que deve durar até 180 dias. A sessão começou na manhã de quarta (veja como votou cada senador).
Na lista de exonerações também constam os nomes de diversos servidores de alto escalão da Presidência e dos ministérios. Não constam desta edição apenas os nomes dos ministros Alexandre Tombini (Banco Central), Emília Maria Curi (Ciência e Tecnologia), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento) e José Agenor Álvares (Saúde).
Dilma também nomeou a equipe de assessores no período de afastamento (veja os nomes ao final).
Nomeação de Lula
A nomeação de Lula à Casa Civil foi anunciada em 16 de março pelo Palácio do Planalto, mas a posse foi suspensa por liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula ocuparia o lugar de Jaques Wagner, que seria deslocado para a chefia de gabinete da presidente Dilma Rousseff, e ocorreu em meio a investigações conduzidas pela Justiça Federal para apurar se o ex-presidente recebeu vantagens indevidas do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Na decisão, Gilmar Mendes afirmou ter visto intenção de Lula em fraudar as investigações sobre ele na Operação Lava Jato. O plenário do Supremo não analisou o caso, e o pedido deve perder objeto a partir da exoneração.
Veja a íntegra da publicação a seguir:
"CASA CIVIL
DECRETOS DE 11 DE MAIO DE 2016
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição
que lhe confere o art. 84, caput, inciso I, da Constituição, resolve
EXONERAR
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA do cargo de Ministro de Estado
Chefe da Casa Civil da Presidência da República.
Brasília, 11 de maio de 2016; 195º da Independência e 128º
da República.
DILMA ROUSSEFF"
Veja a lista de exonerados:
Eva Maria Cella Dal Chiavon do cargo de Secretária-Executiva da Casa Civil
Esther Dweck do cargo de Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil
Jorge Rodrigo Araújo Messias do cargo de Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil
José Eduardo Cardozo do cargo de Advogado Geral da União
Luiz Augusto Fraga Navarro de Britto Filho do cargo de Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União
Jaques Wagner do cargo de Ministro de Estado Chefe do Gabinete Pessoal
Álvaro Henrique Baggio do cargo de Secretário-Executivo do Gabinete Pessoal
Marco Aurélio Garcia do cargo de Assessor-chefe da Assessoria Especial do Gabinete Pessoal
Giles Carriconde Azevedo, para exercer o cargo de Secretário-Executivo do Gabinete Pessoal
Carlos Eduardo Gabas do cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil
Edinho da Silva do cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Comunicação Social
Ricardo Berzoini do cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo
Maurício Muniz Barretto de Carvalho do cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos
Kátia Abreu do cargo de Ministra de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
João Luiz Silva Ferreira do cargo de Ministro de Estado da Cultura
Aldo Rebelo do cargo de Ministro de Estado da Defesa
Aloizio Mercadante do cargo de Ministro de Estado da Educação
Nelson Barbosa do cargo de Ministro de Estado da Fazenda
Josélio de Andrade Moura da interinidade no cargo de Ministro de Estado da Integração Nacional
João Paulo Lima e Silva do cargo de Superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE
Eugênio Aragão do cargo de Ministro da Justiça
Inês da Silva Magalhães do cargo de Ministra de Estado das Cidades
André Peixoto Figueiredo Lima do cargo de Ministro de Estado das Comunicações
Giovanni Correa Queiroz do cargo de Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT
Nilma Lino Gomes do cargo de Ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos
Mauro Luiz Iecker Vieira do cargo de Ministro de Estado das Relações Exteriores
Marco Antônio Martins Almeida do cargo de Ministro de Estado de Minas e Energia
Patrus Ananias do cargo de Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário
Tereza Campello do cargo de Ministra de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Ricardo Leyser Gonçalves da interinidade no cargo de Ministro de Estado do Esporte
Izabella Teixeira do cargo de Ministra de Estado do Meio Ambiente
Valdir Moysés Simão do cargo de Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
Miguel Rosseto do cargo de Ministro de Estado do Trabalho e Previdência Social
Alessandro Golombiewski Teixeira do cargo de Ministro de Estado do Turismo
Antônio Carlos Rodrigues do cargo de Ministro de Estado dos Transportes
Assessoria da presidente no período de afastamento:
OLÍMPIO ANTÔNIO BRASIL CRUZ assessor especial do Gabinete Pessoal

DAISY APARECIDA BARRETTA assessora especial de Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento do Gabinete Pessoal

ELISA SMANEOTO assessora especial de Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento do Gabinete Pessoal
JORGE RODRIGO ARAÚJO MESSIAS assessor especial do Gabinete Pessoal

MARIO MARONA assessor especial do Gabinete Pessoal
RICARDO STUCKERT FILHO assessor especial do Gabinete Pessoal
SANDRA MÁRCIA CHAGAS BRANDÃO chefe de Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento do Gabinete Pessoal
PAULA ZAGOTTA DE OLIVEIRA assessora especial do Gabinete Pessoal

 

Fonte: G1

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quarta-feira (11) a instauração de inquérito contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, por supostas irregularidades em Furnas e autorizou o início da coleta de provas.

cunha6O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) concede entrevista coletiva em Brasília (Foto: Reprodução)

O pedido de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que afirmou que o objetivo da apuração é investigar uma grande organização criminosa, que tinha como um dos líderes Cunha.
"Pode-se afirmar que a investigação cuja instauração ora se requer tem como objetivo preponderante obter provas relacionadas a uma das células que integra uma grande organização criminosa - especificamente no que toca a possíveis ilícitos praticados no âmbito da empresa Furnas. Essa célula tem como um dos seus líderes o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro", disse Janot.
As suspeitas contra Cunha são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pedido do procurador, o ministro Dias Toffoli autorizou uma série de diligências no prazo de 90 dias, como o depoimento de Eduardo Cunha e juntada de investigação sobre Furnas feita na Justiça do Rio de Janeiro.
O pedido se baseia na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que apontou que Cunha tinha relação entre dirigentes de Furnas e que atuava para beneficiar o doleiro Lúcio Funaro, do qual era próximo. Delcídio disse ainda que há informações de que Funaro pagava o hotel de Eduardo Cunha e que usou avião cedido pelo deputado como contraprestação pela propina.
Segundo o procurador, existem "fortes indícios" de que Cunha autou para mudar a legislação energética e ajudar o doleiro Lúcio Funaro.
Como se originou em delação da Operação Lava Jato, o pedido de investigação foi feito inicialmente para o ministro Teori Zavascki, relator de casos relacionados a fraudes na Petrobras. Mas Teori considerou que não havia relação do esquema em Furnas com fatos da Petrobras e pediu que um novo relator fosse sorteado.
Eduardo Cunha já é réu em uma ação penal e responde a mais quatro inquéritos da Lava Jato.

 

Fonte: G1